Pato reincidente é flagrado passando em radar a quase o dobro da velocidade permitida, como já tinha feito em 2018

Na Suíça, em um caso inusitado nos arredores de Berna, a capital do país, a polícia terá um problema inédito para resolver: o infrator de trânsito da vez é um pato.

E, pelo que se sabe, ele não tem salário para bancar a multa.

A cena curiosa foi registrada em abril deste ano, quando um radar fixo na cidade de Köniz flagrou o pato voando a 52 km/h em uma via onde o limite é de 30 km/h (cerca de 18,6 mph).

Se fosse um automóvel, o condutor certamente já teria recebido uma multa pesada na caixa do correio. Mas como penalizar uma ave?

O detalhe mais curioso é que essa não foi a primeira vez. Exatamente sete anos antes, no mesmo dia 13 de abril de 2018, o mesmo radar capturou uma imagem idêntica: um pato, voando a 52 km/h, passou voando baixo pela mesma via, às 19h31.

O registro recente foi feito às 19h54, praticamente uma repetição do episódio, com diferença de apenas 23 minutos no horário.

Diante da coincidência, muitos desconfiaram de uma pegadinha de 1º de abril atrasada. Mas a polícia local tratou de esclarecer: o radar em questão passa por manutenção e calibração rigorosas todos os anos.

Ou seja, nada de truques ou brincadeiras — foi, de fato, um pato apressado.

Agora, a dúvida que paira é se o infrator alado seria o mesmo das duas ocasiões.

Segundo especialistas, patos da espécie Anas platyrhynchos, conhecidos como marrecos ou patos-reais, podem viver entre 5 e 10 anos na natureza.

Portanto, é perfeitamente possível que o protagonista da cena de 2018 tenha retornado para um bis. Ou talvez seja um descendente mantendo viva a tradição da família de desafiar os limites de velocidade.

Seja coincidência ou herança genética, o fato é que certos patos parecem não resistir à tentação de voar mais rápido do que a lei permite.

Enquanto isso, fica o dilema: como punir um infrator que nem carteira de motorista tem? A julgar pela reação das autoridades suíças, o caso ficará registrado apenas como uma curiosidade — e uma boa história para contar.