
Num mundo automotivo obcecado por telas gigantes, design ousado e conectividade total, o Toyota Probox continua seguindo na contramão — e vendendo.
Apesar do visual retilíneo que lembra mais uma ideia de furgão do que um carro familiar, o modelo chega a 2026 com pequenas atualizações e um público fiel que não parece se importar com as tendências do setor.
O Probox estreou em 2002 e, desde então, mudou pouco; a geração atual surgiu em 2014 com alterações tão discretas que muitos consideram apenas um facelift.
O que mudou para 2026 foi o necessário: novos sistemas de segurança para atender exigências legais do Japão, como o Toyota Safety Sense atualizado com assistente de direção proativa, frenagem de emergência em cruzamentos e auxílio para manobras de estacionamento.
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Por dentro, a simplicidade impera — e continua sendo um dos principais atrativos para frotistas e compradores pragmáticos.
O painel de instrumentos analógico ganhou apenas uma pequena tela de 4,2 polegadas para informações básicas, e o volante redesenhado veio emprestado do Corolla, com botões integrados.
Nada de central multimídia: no lugar, uma peça moldada de plástico reforça o caráter funcional e espartano do modelo.
Entre os opcionais, há um espelho retrovisor eletrocrômico com tela integrada para manobras e bancos com revestimento lavável — perfeitos para quem usa o carro como ferramenta de trabalho.

Na parte mecânica, o Probox segue firme sobre a antiga plataforma do Corolla Fielder, já aposentado em 2025, mas ainda em uso também no táxi JPN Taxi e modelos veteranos como Prius C, Yaris antigo e até o Sienna.
A motorização 1.3 foi descontinuada, e agora o Probox conta exclusivamente com um motor 1.5 litro de quatro cilindros, que gera 107 cv e trabalha com câmbio CVT.
Há opção de tração dianteira ou integral, e também uma versão híbrida com potência reduzida e motor elétrico auxiliar, voltada ao público que busca mais eficiência.
Mesmo com o aumento de preço — cerca de ¥210.000 a mais — o Probox continua barato: os valores variam entre ¥1.918.400 e ¥2.261.600, o que equivale a aproximadamente R$ 62 mil a R$ 73 mil.

Isso o mantém entre os veículos mais acessíveis do Japão, tanto para empresas quanto para compradores particulares.
Com a saída de cena do rival Nissan AD, o único concorrente direto restante é o Mazda Familia Van — que, na prática, é um Probox rebatizado.
A fórmula é simples: confiabilidade mecânica, custo operacional baixo e nenhum luxo supérfluo.
No fim das contas, o Toyota Probox mostra que ainda há espaço para um carro que parece parado no tempo — e que justamente por isso, continua firme e forte nas ruas japonesas.

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