A Slate surgiu com uma proposta ousada no segmento de elétricos: lançar uma caminhonete por menos de 20 mil dólares, considerando os incentivos federais dos Estados Unidos.
Mas essa promessa já ficou para trás. A marca atualizou discretamente seu site, revelando que o modelo Blank Slate deverá custar algo em torno de 25 mil dólares — e isso sem incluir impostos, taxas ou acessórios.
Essa nova estimativa representa um aumento de cerca de 5 mil dólares em relação ao valor originalmente anunciado.
Com isso, a caminhonete da Slate começa a disputar espaço com modelos mais robustos e consolidados, como a Ford Maverick, que parte de US$ 28.145 na versão básica, mas já oferece mais potência e equipamentos.
A Slate não se manifestou publicamente sobre o reajuste, mas tudo indica que a mudança tem relação direta com a nova legislação assinada pelo ex-presidente Donald Trump.
A chamada “One Big Beautiful Bill” reduziu investimentos em energias limpas e antecipou o fim do crédito fiscal para veículos elétricos nos Estados Unidos.
Originalmente previsto para durar até 2032, o incentivo será encerrado em setembro de 2025. O corte inclui tanto veículos novos quanto usados.
A expectativa de preço da Blank Slate era altamente dependente desse subsídio de até 7.500 dólares. Sem ele, a proposta da caminhonete acessível começa a perder força, principalmente diante de um público que está cada vez mais sensível ao custo-benefício.
Afinal, por menos de 20 mil dólares, o consumidor poderia relevar algumas limitações. Mas com um valor mais próximo dos 25 mil, a análise muda de tom.
Mesmo com o reajuste, a caminhonete elétrica da Slate ainda traz bons números. O modelo terá motor traseiro com 201 cavalos de potência e torque de 26,4 kgfm, com opções de bateria de 52,7 kWh ou 84,3 kWh, garantindo autonomia entre 240 e 386 km, conforme a configuração escolhida.
O desempenho não empolga: a aceleração de 0 a 96 km/h fica na casa dos 8 segundos, e a velocidade máxima é limitada a 145 km/h.
A Slate ainda não deu detalhes sobre cronograma de produção ou entrega.
Mas com o fim dos subsídios se aproximando e a concorrência cada vez mais agressiva, a startup terá um desafio grande para convencer consumidores de que seu modelo ainda vale o investimento.
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