
Dirigir um carro de corrida nas ruas pode parecer um sonho para muitos entusiastas da velocidade, mas para um homem na República Tcheca, essa fantasia terminou com algemas e sirenes.
No último domingo, um piloto de 51 anos foi finalmente detido após anos rodando com um monoposto de competição em vias públicas, chamando a atenção de moradores e, principalmente, da polícia.
A ousadia do motorista já era conhecida há seis anos, quando começaram a circular vídeos de um carro vermelho semelhante aos antigos modelos da Ferrari de Fórmula 1 cortando estradas do país em alta velocidade.

A polícia sabia da existência dessas gravações, postadas nas redes sociais, mas nunca tinha provas concretas para prender o condutor, já que ele usava capacete e evitava qualquer identificação.
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A prisão só aconteceu porque uma pessoa avisou as autoridades após ver o carro acelerando em uma rodovia local. Foi o suficiente para que a operação fosse deflagrada.
O carro foi seguido por viaturas e até mesmo um helicóptero, culminando em uma abordagem dentro de uma propriedade privada, onde o homem foi detido após discutir com os policiais, alegando erroneamente que eles não poderiam entrar ali sem mandado.

Todo o episódio foi filmado e posteriormente publicado no canal do YouTube que o motorista mantém junto com seu filho. O vídeo mostra o carro em meio a outros superesportivos, como um Ferrari F40, um Lamborghini Murciélago e um Corvette C7 Z06.
No meio da gravação, a cena muda abruptamente para imagens internas do carro sendo guinchado por um Škoda da polícia, com as sirenes em pleno funcionamento.
O modelo em questão não é, como o canal sugere, um carro de Fórmula 1, mas sim um Dallara GP2/08, usado entre 2008 e 2010 na antiga GP2, categoria que servia de base para a F1.

O veículo, pintado de vermelho com adesivos da Marlboro, imita visualmente os carros pilotados por Michael Schumacher na Ferrari, mas tecnicamente não tem homologação para rodar em vias públicas.
Segundo comunicado oficial da polícia, esse tipo de carro não possui os requisitos técnicos mínimos para trafegar nas ruas, como luzes de freio, setas, espelhos retrovisores, placas ou itens básicos de segurança.
Além disso, o risco não é só para o piloto, mas também para os demais usuários da via.

Apesar da grande operação policial, que incluiu até helicóptero, o motorista pode receber uma punição relativamente branda: uma multa que pode chegar a cerca de 480 dólares e a suspensão da carteira por até um ano.
O custo-benefício, no fim das contas, pode até parecer vantajoso para quem quis viver por alguns anos como se estivesse em Spa-Francorchamps.

O caso levanta questionamentos sobre os limites entre paixão por velocidade e responsabilidade no trânsito.
Afinal, transformar a estrada em autódromo pode até render visualizações no YouTube, mas também pode acabar com uma viatura na porta e helicóptero sobrevoando o quintal.
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