Placas personalizadas viram pesadelo: motoristas recebem multas de todo o país por erros bizarros

placa personalizada (1)
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Você já deve ter visto que lá no exterior, as pessoas podem comprar placas personalizadas para colocar em seu carro.

Essas personalizações vão muito além do que é possível fazer no Brasil, que se resume a escolher uma combinação de letras ou números, que estejam disponíveis.

Frases como “PUG MOM 2” (se referindo ao fato da pessoa ter um cachorro pug) ou até “OB1KNOB” (lembra o personagem de Star Wars) são exemplos de como alguns motoristas aproveitam a oportunidade de deixar sua marca no trânsito.

Pode ser vaidade, uma brincadeira, ou até uma forma de nunca mais esquecer o número da placa ao preencher formulários. Mas o que parece divertido pode, em muitos casos, se tornar um baita problema.

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Muita gente tem descoberto da pior forma que personalizar a placa do carro pode trazer dores de cabeça gigantescas. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Joseph Tartaro, um especialista em segurança digital da Califórnia.

placa personalizada (2)
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Ele decidiu em 2016 inovar ao escolher a palavra “NULL” para sua placa, um termo comum na programação para indicar “vazio” ou “sem valor”.

A ideia era ser esperto: talvez os sistemas de multas ignorassem seu carro, interpretando que não havia placa. Mas o tiro saiu pela culatra.

Após receber uma multa comum, o nome de Tartaro ficou vinculado ao código “NULL” no banco de dados do sistema. Resultado? Começou a receber notificações de infrações cometidas em cidades onde jamais esteve.

O valor total das multas passou de 10 mil dólares. Mesmo podendo trocar a placa, ele decidiu enfrentar a burocracia para provar a falha do sistema. Depois de incontáveis ligações e até idas presenciais às autoridades, a situação foi parcialmente resolvida.

Casos parecidos aconteceram com motoristas que usaram palavras como “NO PLATE” ou “VOID”. Além disso, há a questão dos sites que vendem placas falsas com frases populares.

placa personalizada (3)
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Suzi Kiefer, por exemplo, comprou uma placa legítima com o termo “LUVSICK” para seu Dodge Magnum, mas começou a receber dezenas de multas emitidas em estados diferentes.

A explicação? Placas falsas com o mesmo nome estavam sendo vendidas por lojas online, e os compradores estavam usando-as para cometer infrações.

Outro exemplo vem do Canadá, onde um fã de “Star Trek”, Nicholas Troller, teve a placa “ASIMIL8” (assimilate) cassada por ser considerada insensível à comunidade indígena.

Ele argumentou que se tratava de uma referência direta à série de ficção científica, mas a Justiça local não aceitou sua justificativa. A mensagem, segundo os órgãos públicos, remetia à assimilação forçada de povos indígenas – um tema sensível na história do país.

No Texas, Safeer Hassan conseguiu andar por três anos com uma placa aparentemente inofensiva: “370H55V”. Mas bastava olhar a combinação de cabeça para baixo para entender a piada, que parecia um palavrão.

The Terrible Mistake of Choosing 'Null' as a License Plate

Só depois de muito tempo o Departamento de Trânsito percebeu o trocadilho, cancelando sua placa e obrigando o proprietário a solicitar outra, sob pena de suspensão do registro do veículo.

Situação ainda mais absurda foi a de uma senhora de Long Island, Beda Koorey, que devolveu sua placa “NCC 1701” em 2020, mas mesmo assim passou a receber uma enxurrada de multas.

A combinação era a mesma usada por fãs de “Star Trek” em placas falsas compradas na internet. Algumas dessas falsificações estavam sendo utilizadas até em crimes, e Koorey chegou a ser contatada pela polícia durante investigações.

Esses exemplos mostram que, por mais divertida que pareça a ideia de personalizar sua placa com uma referência nerd, uma piada ou algo único, o risco de transformar isso num pesadelo jurídico é real.

A criatividade pode acabar gerando gastos, dores de cabeça e, em alguns casos, até processos judiciais.

Portanto, antes de encomendar sua placa dos sonhos, vale a pena dar uma olhada no que anda sendo vendido online, checar se a expressão pode ter duplo sentido, ou mesmo se já foi usada de forma ofensiva.

O barato pode sair caro – e ninguém quer pagar por infrações cometidas por outros só porque decidiu ser original demais.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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