
O que parecia ser apenas mais uma bicicleta elétrica comum acabou surpreendendo até os policiais britânicos.
Em Sunderland, norte da Inglaterra, as autoridades apreenderam uma e-bike adaptada que seria, segundo eles, a mais rápida já registrada no país, com capacidade para atingir impressionantes 134 km/h.
A apreensão faz parte de uma ação maior que já confiscou mais de 100 bicicletas elétricas ilegais apenas neste ano.
A bicicleta em questão, visualmente semelhante a uma mountain bike tradicional, foi modificada com componentes de alta potência.
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Ela incluía um motor de tração direta na roda traseira, uma bateria embutida em bolsa triangular no quadro e um controlador de velocidade robusto preso sob o tubo inferior.

O resultado? Um veículo com desempenho de moto, mas com estrutura de bicicleta.
A legislação do Reino Unido limita as e-bikes a velocidades de até 25 km/h, com assistência apenas durante o pedal.
Essa máquina superava o dobro desse limite, o que não só fere a lei como representa um perigo real tanto para o condutor quanto para os demais usuários das vias públicas.
A polícia divulgou imagens do painel LCD do veículo, onde se vê um pico de velocidade de 134 km/h, embora este número provavelmente tenha sido alcançado com a roda traseira suspensa, sem resistência.
O condutor foi parado após ser flagrado trafegando a 56 km/h, o que já ultrapassa em muito o permitido.

Segundo a polícia, o alerta veio após denúncias de que o veículo estava “andando à frente de um carro” – algo que, na verdade, é comum nas ruas britânicas estreitas, onde bicicletas frequentemente trafegam entre os automóveis.
Além da infração legal, o maior problema pode ser mesmo o risco à integridade física. Componentes comuns de bicicletas não foram projetados para suportar velocidades tão altas.
Pneus podem estourar, o sistema de roda livre pode travar e projetar os pedais violentamente, e a suspensão dianteira pode falhar em impactos a alta velocidade, entre outros perigos.
O risco de acidente grave é altíssimo, tanto para o ciclista quanto para pedestres ou motoristas próximos.
Especialistas têm criticado duramente esse tipo de modificação, alegando que ela compromete a imagem dos EVs legalizados.
Muitos dos veículos irregulares não passam de motos elétricas disfarçadas, como os modelos off-road da Sur-Ron, mas nesse caso, tratava-se de uma bicicleta transformada, o que agrava ainda mais a confusão entre o que é permitido e o que não é.
Para quem busca desempenho acima da média, há alternativas seguras e regulamentadas. Scooters elétricas, por exemplo, oferecem velocidade e praticidade sem abrir mão da legalidade.
Mas, enquanto houver entusiastas dispostos a montar verdadeiras “bombas sobre duas rodas” em nome da adrenalina, os EVs seguirão enfrentando resistência e desconfiança nos debates sobre mobilidade urbana.
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