
Para muitos jovens, tirar a carteira de motorista representa um dos maiores ritos de passagem rumo à vida adulta — uma mistura de liberdade e responsabilidade.
Mas, para um adolescente australiano, essa nova liberdade virou motivo de manchete pelas razões erradas.
Com apenas 18 anos e ainda na fase de aprendizagem, ele foi flagrado dirigindo um Volkswagen Golf R a 200 km/h em uma via urbana, além de participar de um racha e tentar fugir da polícia com os faróis desligados.
O episódio ocorreu nas primeiras horas do domingo, 30 de março, em Cranbourne North, subúrbio ao sudeste de Melbourne. De acordo com a polícia da região de Victoria, patrulheiros rodoviários flagraram dois veículos disputando uma corrida em plena via pública.
Um deles, um Golf R azul com modificações visíveis, chamou atenção não só pela velocidade absurda — 200 km/h em uma área com limite de 80 km/h — mas também por ter apagado os faróis para tentar despistar os agentes.

O motorista, que estava desacompanhado, violava diretamente as regras do estado de Victoria para condutores com permissão de aprendiz, conhecidos por lá como “L-platers”.
Esses motoristas precisam estar sempre acompanhados por um condutor habilitado com licença plena e válida. Além disso, o jovem ainda será acusado por direção perigosa, envolvimento em corrida ilegal, condução desacompanhada e uso do veículo à noite sem iluminação.
A polícia local conseguiu localizar o Golf R pouco tempo depois do flagrante, estacionado em uma rua próxima. O motorista estava saindo do carro no momento da abordagem.
O veículo foi apreendido por 30 dias, o que resultará em uma taxa de AU$1.138,10 (cerca de R$ 3.800) apenas para recuperá-lo — sem contar as possíveis multas adicionais e penalidades judiciais que ainda estão por vir.

Curiosamente, as regras de trânsito em Victoria permitem que aprendizes dirijam carros de alta performance, como o Golf R, desde que estejam devidamente supervisionados.
No entanto, após a obtenção da carteira provisória, veículos dessa categoria tornam-se proibidos por um período de quatro anos, justamente para evitar esse tipo de abuso.
A polícia segue investigando a identidade do segundo motorista envolvido no racha, que ainda não foi localizado.
O caso serve como um alerta para os riscos de se misturar juventude, potência e irresponsabilidade no trânsito — uma combinação que, por sorte, desta vez não terminou em tragédia.

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