
Uma picape elétrica que pode ser transformada em SUV, por menos de US$ 20 mil, soa como um sonho distante no mercado norte-americano — mas a Slate Truck está tentando transformar essa ideia em realidade.
O modelo, revelado recentemente por uma startup apoiada por ninguém menos que Jeff Bezos, já acumula mais de 100 mil reservas apenas duas semanas após sua apresentação oficial.
E tudo isso com um depósito reembolsável de apenas US$ 50.
O apelo é óbvio: um veículo elétrico com proposta simples, versátil e com preço extremamente competitivo — menos de US$ 20 mil já com incentivos — soa como um oásis num deserto de EVs que raramente custam menos de US$ 30 mil.
Rival direto do Ford Maverick, a Slate Truck se apresenta como uma alternativa mais acessível e personalizável, com a promessa de ser fabricado nos Estados Unidos.
A configuração básica, chamada “Blank Slate”, é apenas o ponto de partida.
A partir dela, o comprador pode optar por manter o visual de picape tradicional voltado ao transporte de carga, ou transformá-la num SUV com teto inclinado ou com linhas mais quadradas.
Essa modularidade é um dos principais atrativos do projeto, assim como a ampla oferta de customização visual: os clientes poderão escolher entre uma infinidade de cores aplicadas em películas de vinil, cujo preço começa em US$ 500.
Mas o sucesso ainda está longe de ser garantido.
A empresa não divulgou quanto custarão as demais opções e personalizações, e a data de início da produção também segue indefinida.
Muitos leitores e interessados reconhecem que a flexibilidade é interessante, mas alertam que o valor final pode facilmente ultrapassar os US$ 20 mil iniciais conforme os opcionais vão sendo somados.
Além disso, o número de reservas não representa necessariamente um indicativo real de vendas.
Basta lembrar o caso da Tesla, que anunciou mais de um milhão de reservas para a Cybertruck — mas hoje acumula unidades não vendidas e clientes frustrados com mudanças nas especificações e prazos.
Por enquanto, o Slate Truck é promissor, chamativo e ousado. Mas resta saber se a startup será capaz de entregar o que promete.
Cumprir os prazos e manter o preço acessível será crucial para que o modelo não acabe como mais uma ideia inovadora que naufragou antes de chegar à garagem dos consumidores.
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