A situação atual do mercado chinês não está nada boa para as marcas estrangeiras que operam no país, como a Porsche, por exemplo. Segundo a Reuters, a marca alemã reduzirá sua rede de concessionárias na China.
Enquanto no Brasil a rede se expande, no maior mercado do mundo, o número de lojas se reduz, refletindo a persistente queda na demanda, que vem atingindo severamente as marcas europeias, forçando ao corte de custos para amenizar o golpe nas margens de lucro.
Lutz Meschke, diretor financeiro da Porsche, disse que a empresa está buscando bilhões de euros em cortes de custos até 2030. A declaração veio após a marca apresentar uma queda de 41% no lucro operacional do terceiro trimestre.
Meschke comentou: “A China é um desafio incrível, não apenas para a Porsche. No futuro, não podemos mais presumir que a China retornará para onde estava para os jogadores europeus.”
No caso da Porsche, a estrutura comercial será reduzida dos 300.000 carros por ano para 250.000 unidades anuais, lembrando que a marca não tem nenhuma fábrica operando de fato no país.
Isso mostra como a Alemanha ainda é um grande exportador de carros de luxo e a China parece não ter limites para comprar, ainda que agora isso diminua mais.
A forte concorrência local faz as vendas das grandes marcas internacionais diminuírem à medida que marcas de carros elétricos ganham mais espaço no concorrido cenário chinês.
Lutz continuou: “Tudo com o objetivo de aumentar ainda mais nossa flexibilidade e resiliência. Não vamos desistir do mercado chinês, mas precisamos encarar os fatos”.
A Porsche teve lucro operacional de € 974 milhões no terceiro trimestre, embora a estimativa dos analistas fosse que alcançaria € 1,08 bilhão. Já a margem operacional ficou em 10,7%, bem abaixo da previsão entre 17% e 19%.
Assim como Audi, BMW e Mercedes-Benz, a Porsche depende da China para manter sua boa lucratividade em nível global.
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