
O adeus oficial a dois dos esportivos mais amados da Porsche já tem data e motivo: a marca alemã confirmou que encerrou a produção das versões a combustão do 718 Cayman e do 718 Boxster, dando o passo definitivo rumo à sua nova geração totalmente elétrica.
Os últimos pedidos foram aceitos, e agora os modelos só podem ser adquiridos enquanto ainda houver unidades em estoque.
A notícia não chega exatamente como surpresa. A própria Porsche já havia anunciado em 2022 que o futuro da linha 718 seria elétrico, seguindo os passos do Taycan e do Macan EV.
A expectativa era de que os novos modelos elétricos chegassem ainda em 2024, mas problemas no fornecimento de baterias e atrasos no desenvolvimento do software empurraram o lançamento para 2025.
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O plano inicial da montadora era manter os modelos a combustão em produção, em paralelo com os novos EVs, todos saindo da fábrica em Zuffenhausen, na Alemanha.
Mas fontes internas de alto escalão já confirmaram ao site britânico Autocar que isso foi descartado. Não haverá extensão da produção para os modelos atuais — o futuro agora é exclusivamente elétrico.
Apesar da mudança radical, a Porsche adota uma abordagem mais flexível no restante da linha. O Macan e o Cayenne, por exemplo, continuarão a ser vendidos nas versões a combustão, mesmo com suas variantes elétricas ganhando espaço.

Essa estratégia “multi-energia” surge como resposta à desaceleração nas vendas de EVs em alguns mercados e à crescente cautela dos consumidores.
E não é só a Porsche que está fazendo cortes drásticos. A Audi também anunciou que os modelos A7 e S7 serão descontinuados após o ano-modelo 2025. Em seu lugar, o novo A6 TFSI entrará em cena, com o visual Sportback que lembra bastante o A7, mas sob nova nomenclatura.
Enquanto isso, a versão elétrica manterá o nome A6 E-tron, reforçando a divisão clara entre combustão e eletrificação. O RS7, por ora, continua vivo na linha 2026.
Com essas decisões, as duas marcas do Grupo Volkswagen indicam uma mudança de direção em sua estratégia de eletrificação. Ao mesmo tempo que reafirmam o compromisso com um futuro elétrico, mostram cautela diante de um mercado volátil e menos receptivo do que se previa há alguns anos.

A Porsche, inclusive, voltou atrás em outro plano ambicioso: não vai mais fabricar suas próprias baterias para EVs. Em vez disso, vai focar apenas em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias relacionadas, terceirizando a produção em larga escala.
O fim dos motores a combustão no 718 marca não só o encerramento de uma geração de carros, mas também um ponto de virada na história da marca.
Resta saber se os novos elétricos conseguirão manter o espírito purista que sempre definiu o Cayman e o Boxster — e se os entusiastas vão aceitar essa transformação ou continuarão apegados ao som de um motor a combustão rasgando a estrada.

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