A Porsche não terá uma linha de montagem ou produção completa nos EUA, sendo essa uma das intenções do grupo Volkswagen para acordar com Washington uma redução nas tarifas de importação para o mercado americano.
A ideia chegou a ser sugerida por Oliver Blume, CEO da Volkswagen, indicando ainda que a Audi também teria espaço em território americano para uma produção localizada.
Jochen Breckner, diretor financeiro da Porsche, disse no mês de abril que não faria sentido produzir nos EUA, já que os volumes da marca são baixos, mas mesmo assim, o fabricante de Zuffenhausen era considerado opção.
Blume, que lidera também a Porsche, teria sugerido que a Porsche faria um processo de montagem final de alguns componentes nos states, como componentes internos ou a montagem de pneus, o que obviamente não convenceria ninguém na Casa Branca.
Sem a Porsche, resistente à ideia, Blume só pode contar com a Audi, que tem volumes bem mais consideráveis para vender no mercado americano e, em alguns aspectos, a produção local é viável.
Bem diferente da Porsche, a Audi tem fábricas em vários lugares do mundo e até monta em CKD os modelos Q3 e Q3 Sportback no Brasil, mais precisamente na fábrica da VW em São José dos Pinhais–PR.
Nos EUA, a Volkswagen cederá Chattanooga, no Tennessee, para fazer os carros das quatro argolas, mas ainda não se sabe quais modelos do fabricante de Ingolstadt serão feitos na “América”.
Provavelmente serão produzidos SUVs de luxo e modelos como o Q3, que não são vendidos nos EUA, poderiam ser uma novidade interessante para o americano, assim como modelos mais robustos, como Q7 e Q8.
Na Porsche, a produção centrada na Alemanha lhe traz vantagens, porém, com a nova política tarifária americana, terá de pagar a conta de 25%, apesar de que seus carros já tenham boa margem de lucro.
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