Proprietários e revendedores do Porsche Taycan no Reino Unido estão enfrentando um incômodo pouco esperado para quem dirige um carro de luxo.
A montadora alemã emitiu uma orientação para suspender temporariamente a venda de algumas unidades usadas do modelo elétrico, enquanto desenvolve uma atualização de software para um problema crítico no sistema de monitoramento da bateria.
E quem já tem um desses veículos na garagem terá que passar pela concessionária a cada 60 dias para garantir que tudo esteja seguro — pelo menos até que o tal update fique pronto.
A medida afeta os Taycans de primeira geração, especialmente os fabricados entre 2019 e 2023.
De acordo com uma matéria da revista britânica Car Dealer, várias concessionárias Porsche confirmaram que foram instruídas a retirar os veículos afetados de seus estoques até segunda ordem.
Uma delas chegou a dizer que praticamente todas as unidades desses anos-modelo foram bloqueadas para revenda.
A Porsche, por sua vez, tenta minimizar a gravidade, afirmando que apenas “um número pequeno e específico” de carros está sob restrição.
Em comunicado, a marca garantiu que o novo software para monitoramento da bateria já está em testes e deve ser liberado até o fim de junho.
Mas o problema não é exatamente novo. No ano passado, a Porsche já havia iniciado um recall global dos Taycans produzidos entre 2019 e 2023 após identificar o risco de curto-circuito em módulos da bateria.
Em casos extremos, a falha poderia provocar um “evento térmico” — termo técnico elegante para “risco de incêndio”. Na época, a recomendação aos donos foi clara: não carregar o carro acima de 80% da capacidade.
Agora, com a atualização ainda pendente, a solução provisória foi exigir que os proprietários levem seus carros a uma concessionária Porsche a cada dois meses, para inspeções técnicas e acompanhamento da integridade da bateria.
Para muitos, trata-se de um transtorno considerável, embora a marca diga que a experiência em suas lojas “não é das piores”.
A situação reacende questionamentos sobre a confiabilidade de veículos elétricos de alto desempenho, especialmente quando falhas como essa aparecem após poucos anos de uso.
E enquanto os novos softwares não chegam, tanto donos quanto concessionárias seguem em modo de espera, torcendo para que o problema não se agrave — e que os carros permaneçam firmes, sem gerar mais calor do que o necessário.
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