
Nos últimos anos, as fabricantes de carros têm se preocupado cada vez mais com o uso responsável da potência que oferecem.
A Porsche, no entanto, acaba de propor uma solução ousada para um problema antigo: como evitar que motoristas inexperientes abusem de carros com desempenho extremo.
Uma nova patente registrada na Alemanha revela que a marca pretende liberar o modo de velocidade máxima apenas se o motorista estiver segurando o volante de forma ideal.
A posição exigida é a clássica 9h15, considerada a mais segura e eficaz em condução de alto desempenho.
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Segundo a Porsche, a ideia é evitar o uso de chaves especiais para liberar a potência total, como faz a Dodge com os modelos Hellcat, por exemplo.

Em vez disso, o sistema detectaria, por meio de sensores no volante, se o condutor está realmente preparado para assumir todo o potencial do carro.
Essa abordagem lembra o Wet Mode já utilizado pela marca, que adapta o comportamento do carro em pistas molhadas com base em sensores.
No caso da nova tecnologia, porém, a verificação seria feita com base nas mãos do motorista: se não estiverem corretamente posicionadas, o modo de velocidade máxima permaneceria bloqueado.
E mais: a patente sugere até limites automáticos de velocidade em rodovias, como 130 km/h ou até 80 km/h, caso o sistema entenda que a condução não é segura.
Caso o motorista retire uma das mãos durante o uso do modo top speed, o carro emite alertas e pode desativar a função por completo.

A tecnologia prevê sensores de toque ou pressão no volante e algoritmos que analisam constantemente o comportamento do condutor.
Além disso, o sistema pode se integrar a outros recursos de monitoramento de atenção, como câmeras voltadas aos olhos do motorista.
A proposta surge em um contexto em que muitos compradores buscam os modelos Porsche mais como símbolo de status do que por habilidade ao volante.
Modelos como o 911 Turbo ou os novos Cayenne e Taycan de alto desempenho têm potência de sobra — e podem se tornar perigosos nas mãos erradas.
Historicamente, a marca já sofreu com isso: o lendário 911 Turbo da década de 1970 ficou conhecido como “matador de viúvas”, por seu comportamento imprevisível em mãos inexperientes.
Com essa nova abordagem, a Porsche parece disposta a forçar seus clientes a dirigir com mais consciência, sem depender tanto de assistências eletrônicas.
A ideia pode parecer restritiva para entusiastas experientes, mas aponta para um futuro em que segurança e performance terão de conviver de forma ainda mais integrada.
Tudo indica que, se essa tecnologia for adiante, ela será incorporada de forma sutil, sem comprometer a experiência de quem realmente sabe o que está fazendo ao volante.
Mas para aqueles que acham que segurar o volante com uma mão só é suficiente para encarar 700 cv, talvez a Porsche esteja prestes a dar uma lição prática.
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