
Estacionar em vaga para pessoas com deficiência sem a devida autorização é algo que, com razão, costuma render multa ou até guincho.
Mas o que acontece quando a vaga simplesmente aparece sob seu carro enquanto você está fora da cidade?
Foi exatamente o que aconteceu com Silva Stone, dono de um Audi TT, que deixou o carro estacionado legalmente antes de viajar e, ao retornar, encontrou uma sequência de multas coladas no para-brisa.
Todas essas multas eram por estar em uma vaga reservada a pessoas com deficiência que sequer existia quando ele parou.
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O caso aconteceu em Croydon, no Reino Unido, e chamou atenção depois que Stone publicou o vídeo da câmera de segurança que mantinha voltada para seu carro.

Nas imagens, é possível ver o veículo estacionado corretamente, seguido pela chegada de uma equipe que pinta uma nova vaga para pessoas com deficiência ao redor dele.
Após isso, o que se vê é uma sequência de visitas da mesma agente de trânsito, que fotografa e aplica múltiplas multas no veículo.
Para piorar, uma foto do carro estacionado na nova vaga foi publicada em um grupo local no Facebook, provocando reações indignadas de moradores que não sabiam da situação.
Comentários incluíam sugestões de reboque e até ameaças como “seria uma pena se todos os pneus esvaziassem”.
Diante da repercussão, o perfil oficial da prefeitura de Croydon respondeu ao post de Stone com um comentário, informando que nenhuma multa foi ou será processada.
Segundo a mensagem, a nova vaga havia sido criada para atender um morador local e existe um “período de tolerância” antes do início das autuações, embora esse detalhe aparentemente não tenha chegado ao conhecimento da agente que aplicou as multas.
A prefeitura afirmou ainda que o procedimento de pintar vagas com carros já estacionados é comum, e que o empreiteiro contratado tira fotos para garantir que o veículo não seja multado injustamente — o que, claramente, falhou neste caso.
Apesar da explicação, Stone nunca recebeu uma notificação oficial além do comentário no Facebook.
Sem essa informação, qualquer motorista se sentiria obrigado a pagar as multas, por medo de consequências como registro suspenso ou até mandado de prisão.
A prefeitura confirmou à BBC que, embora as multas tenham sido emitidas, havia uma anotação no sistema para que não fossem processadas como infrações reais.
No entanto, a falta de comunicação entre os setores gerou um efeito cascata de erros — com a agente multando repetidamente e os moradores tratando o motorista como infrator.
Caso Stone não tivesse registrado tudo em vídeo e levado o caso a público, muitos se perguntam se o município teria simplesmente embolsado o valor das multas sem qualquer contestação.
Um episódio que expõe como pequenas falhas administrativas podem virar um pesadelo para o cidadão comum.
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