Está oficialmente lançado o novo Tesla Model Y Performance, agora disponível nos principais mercados globais, incluindo Estados Unidos e Europa.
A versão esportiva do SUV elétrico chega prometendo mais potência, visual mais agressivo e uma dose extra de emoção ao volante.
Mas será que tudo isso justifica o salto considerável no preço?
Nos EUA, o Model Y Performance custa US$ 57.490, cerca de R$ 295 mil em conversão direta, e está US$ 8.500 acima da versão Long Range com tração integral.
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No Reino Unido, a diferença é ainda mais marcante: o Performance sai por £61.925 (aproximadamente R$ 375 mil), ou cerca de £10 mil a mais.
Segundo a revista britânica Top Gear, essa diferença de valor levanta dúvidas reais sobre o custo-benefício da nova versão.
O jornalista Tom Ford testou o Model Y Performance e foi direto: apesar das melhorias, ele não vê razão convincente para escolher essa versão no lugar da Long Range.
“É mais rápido, sim, mas o Long Range já acelera de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos, tem mais autonomia e custa muito menos”, afirmou.
O pacote do Performance tenta justificar o preço com um conjunto de rodas Arachnid 2.0 de 21 polegadas com medidas diferentes entre os eixos, pinças de freio pintadas de vermelho, para-choques exclusivos e um spoiler traseiro de fibra de carbono.
Segundo a Tesla, o novo design reduz o arrasto aerodinâmico em 10% e a força de sustentação em 64%.
Por dentro, há bancos esportivos com reforço lateral, acabamento interno em carbono e uma nova central multimídia de 16 polegadas.
A suspensão também foi revisada, com componentes reforçados, buchas mais rígidas e amortecedores adaptativos. Tom Ford elogiou esse trabalho técnico, classificando a dirigibilidade como “de referência” para o segmento.
Mas mesmo com tudo isso, a conclusão é direta: o Model Y Performance não é drasticamente melhor do que a versão mais barata.
Em sua avaliação, Ford questiona se esse tipo de SUV familiar realmente precisa de tanta performance, afirmando que o “excesso de potência faria mais sentido num Model 3”.
Outro ponto levantado é que a experiência ao volante ainda é discreta demais.
Não há simulação de trocas de marcha nem sons artificiais de motor, como acontece no Hyundai Ioniq 5 N — que é bem mais caro, mas entrega uma experiência emocional bem diferente.
No fim das contas, o novo Model Y Performance parece ser uma escolha mais estética do que racional.
Para quem busca números de performance e um visual mais imponente, pode ser atraente.
Mas para quem prioriza custo-benefício, autonomia e desempenho equilibrado, o Long Range continua sendo a versão mais sensata.
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