
Coluna Fernando Calmon nº 1.377 — 11/11/2025
O Geely EX2 tem estilo agradável com teto e colunas pintados de preto.
Espaço interno generoso para até cinco ocupantes, apesar de dimensões compactas: comprimento, 4.135 mm; entre-eixos, 2.650 mm; largura, 1.805 mm; altura, 1.580 mm; porta-malas, 375 L (muito bom), outro compartimento sob o assento traseiro de 28 L e mais 75 L (na frente).
Não existe estepe, apenas kit de reparação.
Veja também
Motor elétrico entrega 116 cv e 15,3 kgf·m e por ser traseiro permite ter um bom diâmetro de giro (sem especificação na ficha técnica).

Aceleração 0 a 100 km/h em 10,2 s do EX2 é boa para a proposta de um modelo focado no uso urbano, em percurso de impressões ao dirigir organizado pelo fabricante.
Bateria de 39,4 kW·h proporciona alcance médio de 289 km, padrão Inmetro.
No interior, chama atenção o tamanho da tela multimídia de nada menos que 14,5 pol. (sem conexão para Android Auto e Apple CarPlay, o que deixa a desejar, porém poderá ser baixado em breve via nuvem).

O porta-luvas do tipo gaveta oferece 10 L de capacidade.
Volante só dispõe de regulagem de altura e isso dificulta ajustar a melhor posição de dirigir.
Há muitas superfícies ásperas. Os bancos de couro e há ajustes elétricos no do motorista.

Preços: R$ 123.990 (Pro) e R$ 136.990 (Max).
Proálcool completa meio século de existência agora em novembro
Em 14 de novembro de 1975, o Brasil tomou uma decisão importante ao criar o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), a fim de diminuir sua dependência de petróleo importado.
Houve grande abalo na nossa economia em razão do primeiro choque do petróleo, em 1973, quando o barril quadruplicou de preço e o País produzia apenas 20% do que consumia. Em 1979, com o segundo choque os preços mais que dobraram.
A estratégia do Proálcool era aumentar a adição de etanol na gasolina, exportar este derivado excedente e importar petróleo para produzir diesel.
Apenas uma parte da frota circulante foi convertida para uso do etanol (álcool etílico) e os fabricantes passaram a oferecer carros que rodavam exclusivamente com o combustível de origem vegetal.
O País criou usinas autônomas que só produziam combustível, enquanto outras etanol e açúcar.
Ocorreu uma crise interna no final dos anos 1980, quando o Governo Federal cortou subsídios, plantou-se menos cana e o etanol escasseou.
Chegou-se a importar uma mistura chamada MEG (metanol, etanol e gasolina) para evitar um racionamento. Surgiram filas nos postos para abastecer.
A situação se acomodou, mas o etanol só voltou a se firmar a partir de 2003 no lançamento de carros flex (Gol 1.6). Estes aceitam derivado do petróleo ou combustível vegetal puro ou misturado em qualquer proporção.
A importância do etanol voltou a crescer em razão das emissões de CO2.
No processo de fotossíntese a plantação de cana sequestra até 80% de CO2 (gás carbônico) e devolve oxigênio à atmosfera, o que combate o efeito estufa responsável pelo aquecimento do planeta.
Mais recentemente o milho no Brasil também ganhou importância na produção de etanol, a exemplo dos EUA, maior produtor mundial deste combustível usado lá para adição à gasolina.
Hoje, em média, 33% dos motores flex (estão em 85% da frota circulante de veículos leves) usam etanol hidratado. Na gasolina, há uma mistura de 30% de etanol anidro.
Na soma, quase dois terços.
Importante frisar que milho e cana-de-açúcar não interferem na produção de alimentos.
Nos dois casos, além de combustível vegetal há subprodutos. A cana ainda mais versátil, pois aproveita bagaço, palha, vinhaça, torta de filtro e levedura, enquanto do milho se obtém farelo rico em proteína, fibras e minerais para ração animal.
Boreal destaca-se em desempenho e espaço

O Kardian já tinha indicado as novas tendências de estilo da Renault, porém o Boreal consolidou e até avançou em razão de um desenho bem elaborado.
Desde a grade imponente, as caixas de rodas (até 19 pol.) retangulares e a traseira com lanternas bem desenhadas (sem interligação) o SUV médio da marca francesa destaca-se.
Chamam atenção a discrição das barras de teto, maçanetas traseiras embutidas e janelas das colunas traseiras não tão diminutas.

Dimensões e motor: comprimento, 4.560 mm; entre-eixos, 2.702 mm; largura, 1.841 mm; 1.645 mm; porta-malas, 522 L; tanque, 52 L; 1,3 L, turbo flex; 163 cv (E); 156 cv (G); 27,5 kgf·m (E) e (G).
Aceleração 0 a 100 km/h, 9,5 s (E)/9,8 s (G). No interior, destaques para banco do motorista com ajuste elétrico, massagem e ventilação (na versão de topo Iconic); teto solar panorâmico elétrico (Iconic) e bom espaço atrás para pernas e cabeças.
Além do carregador de celular por indução, há quatro portas USB-C (duas para passageiros do banco traseiro) e tela multimídia de 10 pol. pode ser replicada no quadro de instrumentos para melhor visualização do motorista.

Outro destaque é o volume do porta-malas.
Na primeira avaliação da versão Iconic entre São Paulo e Campos do Jordão (SP), em 2,5 horas de viagem, destacou-se por respostas imediatas do motor, além do funcionamento do câmbio automatizado de duas embreagens e seis marchas sem hesitações, em especial nos trechos de subida de serra.
Interessante é o modo Smart que alterna entre os padrões tradicionais do câmbio (Comfort, Eco e Sport) conforme a pressão no acelerador. Direção precisa, freios bem dimensionados e silêncio a bordo.
Pacote Adas inclui 24 assistentes de segurança (Iconic) e assim completa um produto que faltava para a marca francesa, apesar do custo elevado.
Preço: R$ 214.990 (Iconic).
Tera é referência em segurança passiva e ativa

Investir em segurança pode não ser tão fundamental em um mercado orientado por preço como o brasileiro.
Ao longo dos anos este se tornou um desafio que frequentemente colocou em campos opostos, dentro das fábricas, os departamentos de marketing e de engenharia.
No entanto, este cenário começou a mudar nos últimos anos, impulsionado por exigências regulatórias e conscientização dos compradores que entenderam e até aceitaram pagar um pouco mais.
Afinal, salvar vidas em acidentes graves implica enorme importância.

O Tera é um exemplo. Um SUV de entrada e preço razoável pelo que oferece. Embora possa ter deslocado não apenas concorrentes, mas também outros modelos da própria Volkswagen, o balanço é positivo para um produto lançado há somente cinco meses.
Foi o carro de passageiros mais vendido em outubro (10.160 unidades) e o SUV de maior comercialização em setembro e outubro.
A filial da marca alemã fundou faz seis décadas seu pioneiro centro de desenvolvimento de produto. E em 1971 inaugurou o Laboratório de Segurança Veicular, onde o Fusca e depois os modelos esporte SP 1 e SP 2, lançados em 1972, passaram por testes de colisão.

VW repetiu com o Tera, cinco anos após o Nivus, o teste de colisão contra barreira fixa deformável, a 64 km/h (40 milhas/h), em São Bernardo do Campo (SP) e presenciado por jornalistas sul-americanos.
Depois do T-Cross, Nivus e Taos, o novo SUV alcançou nota máxima em segurança passiva para adultos e crianças, seguindo protocolos do Latin NCAP.
Igualmente foi aprovado em teste de controle de estabilidade (segurança ativa) e de limitação a danos físicos de pedestres em caso de atropelamento.
Jetour, 16ª marca chinesa no Brasil

O apetite chinês pelo mercado de veículos no País levou a Jetour (outra integrante do Grupo Chery, embora atue de forma independente desde 2021) a iniciar importações e entregas previstas para o primeiro trimestre do ano que vem.
Agora são 16 marcas, sem contar duas que desistiram: Seres e Neta.
Começa operações com híbridos, há planos de ter fábrica no Brasil no esquema SKD (semidesmontado) e híbridos flex.

Portfólio inclui três SUVs: S06, de entrada, motor 1,5 turbo 128 cv, 20,4 kgf·m e outro elétrico de 203 cv, 31,1 kgf·m, bateria de 19,4 kW·h; T1 de perfil aventureiro e mesmo trem de força híbrido; T2, completa o trio com dimensões maiores e do tipo raiz, dois motores elétricos (225 cv combinados; 39,8 kgf·m) e câmbio DHT (sigla em inglês de transmissão híbrida dedicada) de três marchas.
Preços a anunciar.
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www.fernandocalmon.com.br
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