O impacto econômico provocado pelas chuvas que geraram a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul afetou diversos setores do país e um deles foi o automotivo, mas não só aqui, também na Argentina.
Na produção nacional, segundo a Anfavea, as enchentes no Rio Grande do Sul, somadas à greve na Renault, derrubaram a produção nacional em 28 mil veículos, que não deverão ser repostos em 2024.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse ao site Auto Data que o que aconteceu no RS foi uma “tragédia, calamidade e o aspecto humanitário tem que ser colocado à frente das questões de mercado”.
Ainda assim, relacionado direto com a crise no RS, a GM perdeu menos que a Renault, que deixou de produzir 15 mil carros por conta de uma greve. Todavia, o Estado é responsável pelo fornecimento de peças para vários fabricantes no país e exterior.
Leite disse: “É falta de competitividade na veia. Essas paralisações, segundo nossas contas, retiraram 28 mil veículos das linhas de montagem no mês passado. É custo-Brasil”.
O Brasil produziu 166,7 mil veículos em maio, sendo um resultado, 26,8% inferior ao do mesmo mês de 2023 e 24,9% abaixo do registrado em abril.
Segundo a Anfavea, o saldo acumulado de janeiro a maio ficou 1,7% abaixo ao do mesmo período de 2023, com 926,8 mil veículos produzidos em fábricas brasileiras. O segmento de automóveis e comerciais leves puxou o resultado para baixo, com produção 3,6% menor, ou 862,7 mil unidades.
Outra preocupação da Anfavea em relação à produção é o aumento das importações, especialmente de carros chineses, que entram em grandes volumes desde janeiro, principalmente das marcas BYD e GWM, sendo as que mais vendem aqui.
De 159,3 mil que entraram até maio, em alta de 38%, a China representou 82% do crescimento dos importados com 35,7 mil unidades que desembarcaram do gigante asiático, subindo 510% em relação ao mesmo período do ano passado.
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