
A promessa de um carro elétrico verdadeiramente acessível da Volkswagen vai demorar um pouco mais para se concretizar.
O ID. Polo, novo modelo compacto da marca alemã, será lançado em 2026 como o primeiro de uma nova geração de EVs de entrada.
Inicialmente, a VW havia divulgado que o modelo teria preço a partir de 25 mil euros, ou cerca de R$ 165 mil na conversão atual.
No entanto, fontes da imprensa alemã indicam que a versão básica não estará disponível no lançamento.
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Segundo o jornal Handelsblatt, os primeiros modelos oferecidos ao público terão versões mais caras, com preços que devem ultrapassar os 30 mil euros — o equivalente a R$ 198 mil.

O motivo seria a indisponibilidade de baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), que equipariam a configuração mais acessível.
Com isso, apenas a variante topo de linha, equipada com uma bateria NMC (níquel-manganês-cobalto) de 52 kWh, será vendida no início.
Essa versão entrega 155 kW (208 cv) e tem autonomia estimada de 450 km no ciclo WLTP, superando até modelos maiores em desempenho.
A configuração de entrada usaria uma bateria LFP de 37 kWh, com motor de 85 kW (114 cv), mas pode ser adiada em até 9 meses.
Internamente, concessionárias ouvidas afirmam que essa versão só deve chegar ao mercado entre o fim de 2026 e início de 2027.

Também estão previstas variantes intermediárias com 99 kW (133 cv) e uma esportiva ID. Polo GTI com 166 kW (223 cv), esta última prevista para o final de 2026.
O ID. Polo mede 4,05 metros de comprimento, 1,81 m de largura e 1,53 m de altura, com entre-eixos de 2,60 metros — dimensões próximas ao Polo atual a combustão.
O espaço interno foi otimizado com o uso de módulos compactos de propulsão elétrica, ganhando 1,9 cm a mais no comprimento da cabine.
Críticos europeus que testaram protótipos já elogiaram o modelo, apontando-o como um dos melhores EVs já desenvolvidos pela Volkswagen.
Entretanto, sem a versão acessível disponível no lançamento, o impacto comercial do ID. Polo pode ser limitado, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo.

Com modelos chineses e sul-coreanos oferecendo EVs compactos por preços menores, a VW corre o risco de perder espaço no segmento que ela mesma prometeu liderar.
A montadora insiste que a meta de democratizar a mobilidade elétrica continua, mas na prática, o consumidor ainda terá que esperar — e pagar mais caro — até que isso vire realidade.
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