Quando foi lançado em 2016, o Fiat Mobi chegou ao mercado com a proposta de ser o carro popular da nova geração, um subcompacto urbano que cabia no bolso do brasileiro.
Na época, o modelo partia de R$ 31.900 na versão de entrada, com visual simples e poucos equipamentos, mas o suficiente para quem buscava um carro zero funcional e barato.
Quase uma década depois, o cenário mudou completamente.
Em junho de 2025, o Mobi recebeu mais um reajuste de preços: agora parte de R$ 80.990 na versão Like e chega a R$ 82.990 na topo de linha Trekking.
Isso representa um aumento de quase R$ 50 mil em menos de dez anos — uma alta que chama atenção até mesmo em um mercado conhecido por encarecimentos constantes.
Mesmo com as mudanças no visual e nos equipamentos ao longo dos anos, o Mobi ainda traz o mesmo motor 1.0 Firefly flex de três cilindros, que entrega até 75 cavalos de potência e é acoplado a um câmbio manual de cinco marchas.
Trata-se do mesmo conjunto mecânico que equipava as versões intermediárias anos atrás, sem grandes inovações tecnológicas ou avanços em segurança.
O Mobi nasceu com a missão de ocupar o espaço deixado pelo Uno e atrair compradores que buscavam um carro simples e acessível.
Hoje, com o preço atual, ele se distancia da proposta original e entra em uma faixa de preço onde já é possível considerar modelos mais completos, até mesmo SUVs compactos em promoção ou hatches seminovos com mais espaço, conforto e desempenho.
O avanço constante dos preços dos carros novos no Brasil já é motivo de reclamação entre consumidores, mas a trajetória do Mobi se destaca por simbolizar a perda do conceito de carro popular.
De promessa de mobilidade acessível a um hatch de mais de R$ 80 mil, o Mobi ilustra bem como o mercado automotivo nacional mudou — e não necessariamente para melhor.
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!