O volante yoke, aquele item exótico e controverso que dividiu opiniões desde que a Tesla o apresentou em 2021, está com os dias contados.
Nos modelos Model S e Model X de 2025, o volante estilo manche deixa de ser padrão e se torna um opcional exclusivo apenas para quem optar pela versão mais potente Plaid — e ainda assim, mediante pagamento extra.
A Tesla, que sempre apostou em inovações ousadas e nem sempre práticas, parece ter finalmente atendido ao que seus clientes sempre quiseram: um volante de verdade.
Agora, para ter o tal yoke no seu Model S ou X novo, será preciso pagar cerca de mil dólares a mais — além do preço já salgado da versão Plaid, que passou por um reajuste de US$ 5 mil.
Isso mesmo: para ter metade de um volante, você vai desembolsar muito mais.
Na prática, a decisão da Tesla de abandonar o yoke em boa parte da linha parece mais uma correção de rota do que uma mudança estratégica.
Desde o início, o volante estilo manche dividiu opiniões, com relatos de dificuldade para manobrar, má ergonomia em curvas fechadas e até falhas no acabamento.
Houve casos em que a cobertura do yoke se desgastou em menos de 6.000 km, e o design chegou a ser questionado pelas autoridades de segurança viária dos Estados Unidos.
O descontentamento foi tão evidente que, em determinado momento, a Tesla passou a vender o volante tradicional como acessório, por US$ 700 — e ele esgotou em apenas uma semana.
Mesmo após a marca tentar melhorar a qualidade e o conforto do yoke em 2022, o volante tradicional continuou sendo a escolha da maioria dos consumidores.
Além da saída do yoke, os modelos Model S e Model X ganharam melhorias modestas, como isolamento acústico aprimorado, novos ajustes na suspensão, rodas redesenhadas e uma nova opção de pintura azul que custa mais US$ 2.500.
Nada revolucionário, mas um avanço para modelos que já pediam atualizações há algum tempo.
Curiosamente, embora a Tesla esteja deixando de lado o yoke, outras marcas ainda parecem acreditar na ideia.
A Lexus, por exemplo, vem testando um volante similar no SUV elétrico RZ — com a vantagem de um sistema de direção de proporção variável, que facilita manobras urbanas.
Ainda assim, o mercado parece relutante em adotar esse tipo de solução.
No fim das contas, o yoke pode ter sido mais um capricho de Elon Musk do que uma real evolução no modo de dirigir.
A reação dos consumidores mostrou que nem toda inovação precisa, ou deve, ser adotada. E, neste caso, parece que a Tesla finalmente ouviu.
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