
Muita gente ainda insiste em dizer que “carro antigo era mais resistente” ou que “não se faz carro como antigamente”.
Mas basta assistir a um teste de colisão entre modelos clássicos e veículos modernos para perceber que essa nostalgia pode ser perigosa — e até fatal.
A última comparação do tipo foi realizada na Alemanha e colocou frente a frente duas gerações do Volkswagen Golf: o veterano Golf II e o bem mais atual Golf VIII. O resultado é um verdadeiro choque de realidade.
Ambos os modelos passaram por um teste de impacto frontal com sobreposição moderada, a cerca de 64 km/h — uma velocidade comum em vias urbanas.
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O que aconteceu com o modelo antigo foi digno de um filme de terror automotivo: pneus empurrados para dentro da cabine, teto e portas desabando e o volante esmagando o motorista.
No Golf moderno, o habitáculo permaneceu intacto, com todos os sistemas de segurança funcionando como deveriam.
O teste foi realizado pela DEKRA, uma das principais entidades de segurança veicular da Alemanha. A ideia era simples: mostrar como a evolução tecnológica impacta diretamente a segurança dos ocupantes.
Segundo o pesquisador Markus Egelhaaf, “no Golf II, os ocupantes teriam pouquíssimas chances de sobreviver”. Já no Golf VIII, os passageiros provavelmente sairiam com apenas ferimentos leves.

Esses testes chamam atenção desde que, anos atrás, o IIHS nos Estados Unidos colidiu um Chevrolet Bel Air de 1959 contra um Malibu de 2009.
Desde então, clássicos como Mitsubishi Diamante de 1993 e Toyota Corolla de 1999 também foram destruídos para mostrar a dura verdade: por mais icônicos que sejam, os carros antigos eram inseguros em acidentes.
Mas não é só na hora da batida que os carros atuais levam vantagem. No chamado “teste do alce”, uma manobra rápida para desviar de obstáculos, o Golf dos anos 80 conseguiu manter o controle a 64 km/h.
Já o modelo novo fez o mesmo percurso com segurança a 75 km/h. Isso mostra como a estabilidade e os sistemas eletrônicos modernos fazem diferença até mesmo na prevenção dos acidentes.

Outro ponto destacado pela DEKRA foi o avanço nos sistemas de iluminação. Os faróis de LED dos modelos atuais iluminam com muito mais eficiência e os alertas visuais, como lanternas traseiras, são visíveis a distâncias maiores — o que pode evitar colisões noturnas.
Nesse quesito, o Golf II, com suas luzes fracas, parece uma relíquia de outro século.
A célula de sobrevivência do carro antigo se deforma completamente, enquanto no Golf atual não há nenhum colapso estrutural visível. Nem o pilar A — normalmente um dos primeiros a ceder — mostra sinais de falha.
Com tudo isso, fica difícil defender a ideia de que os carros antigos eram mais seguros ou mais confiáveis.
Eles podem até ser charmosos, nostálgicos e icônicos, mas quando o assunto é proteger vidas, os carros modernos estão anos-luz à frente. E isso, no fim das contas, deveria ser o que realmente importa.
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