O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar o programa do “Carro Popular Sustentável” na próxima quinta-feira, dia 10 de julho, marcando talvez o início de mais uma ação do governo federal para impulsionar o setor automotivo a curto prazo.
Nesta segunda (7), Igor Cavet, presidente da Anfavea, comentou que o novo programa do governo é importante para o setor automotivo dentro do Mover, Mobilidade Verde e Inovação.
Segundo o site Auto Indústria, Cavet comentou: “Há uma previsão legal na MP do Mover do final de 2023 sobre o que chamamos de IPI Verde. É uma discussão que já acontece há algum tempo, ora esfria, ora aquece e mais recentemente voltou à pauta do governo federal”.
A questão de fato é importante para reduzir a carga tributária sobre os automóveis menos caros, mas a previsão é que o programa dure até o final de 2026, ou seja, apenas um ano e meio, o que não deve alterar as linhas de produtos consideravelmente nessa direção.
O “Carro Sustentável” deve atuar sobre a motorização, limitando a 1.0 litro, bem como a potência à 90 cavalos, além de eficiência energética do Inmetro, mais combustíveis, no caso o etanol, e também sobre elétricos e híbridos.
Hoje, somente alguns modelos são beneficiados com os primeiros detalhes listados, como cilindrada e potência, o alvo principal do programa, sendo eles Fiat Mobi, Fiat Argo, Fiat Cronos, Citroën C3, Citroën Basalt, Peugeot 208, VW Tera, VW Polo, Hyundai HB20, Hyundai HB20S e Renault Kwid.
Todavia, caso o governo atual continue com um sucessor apontado por Lula ou o próprio consiga a reeleição, o programa poderá continuar, mas caso contrário, fica difícil prever sua prorrogação no melhor estilo do IPI reduzido há mais de 10 anos.
Na época, a cada três meses, o governo fazia suspense com o IPI zero, o que moveu o mercado numa direção que fez até algumas montadoras projetarem o mercado na casa dos 5 milhões quando o mesmo já passava dos 2 milhões em realidade. Hoje sabemos bem o que aconteceu…
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