A Range Rover acaba de revelar sua mais nova identidade visual em uma apresentação para investidores, e o resultado está dando o que falar.
Em vez de abandonar seu clássico nome por extenso, a marca de luxo do grupo JLR decidiu introduzir dois logotipos alternativos.
Um deles mostra um “R” empilhado sobre um “R” invertido, enquanto o outro é um padrão repetido da letra que lembra de longe os desenhos que estampam bolsas da Coach ou Gucci.
A ideia, segundo a marca, não é substituir o conhecido R-A-N-G-E-R-O-V-E-R que adorna a dianteira e a traseira dos SUVs, mas sim oferecer alternativas para locais em que o nome completo não se encaixa visualmente, como etiquetas, acessórios ou ambientes de eventos.
Um porta-voz explicou que o “Motif Range Rover” foi desenvolvido justamente para essas situações, servindo como símbolo secundário onde a marca precisa estar presente de forma mais compacta.
Apesar da explicação, a recepção inicial foi mista. Muitos entusiastas consideraram o logotipo pouco criativo, com comentários nas redes sociais comparando o estilo ao antigo WordArt do Microsoft Word.
E para quem não curtiu, talvez o consolo esteja no fato de que não se trata de uma reformulação total da identidade — é apenas um complemento visual.
Na prática, não havia muitas opções para criar um símbolo com duas letras R.
Usar os dois Rs lado a lado remeteria à Rolls-Royce, inverter um deles poderia parecer exagerado, e sobrou, portanto, a ideia de empilhar um sobre o outro com um toque de espelhamento.
Já o padrão repetitivo com os Rs foi o que mais dividiu opiniões, parecendo simples demais em renderizações digitais.
Mas há quem veja potencial para uso em detalhes internos como bancos, texturas ou mesmo acessórios de vestuário e lifestyle. O tempo dirá se funcionará melhor ao vivo do que nas imagens.
Enquanto a Range Rover tenta se consolidar como uma submarca de luxo independente dentro da JLR, ao lado de Defender e Discovery, a marca-mãe Land Rover continua existindo e será mantida nos sites, redes sociais, concessionárias e até nos carros, como garantiu o CEO Adrian Mardell.
Curiosamente, o que se percebe é uma tentativa clara de apagar o lado mais divertido e carismático que a Land Rover cultivou por anos.
Os SUVs da marca ficaram mais confiáveis na última década, é verdade, mas também perderam muito da personalidade visual que os tornava únicos.
Comparar o visual quadradão e aventureiro do Range Rover de 2005 com as linhas lisas e genéricas da atual geração diz muito sobre o rumo que a marca tomou.
E os novos logos acompanham essa estética limpa, sem alma e carregada de minimalismo corporativo. Talvez seja uma tendência passageira, mas muitos já torcem pelo retorno de uma identidade com mais cor, mais ousadia — e menos cara de aplicativo bancário.
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