O Renault Emblème é a proposta mais recente da marca francesa para um carro abastecido com hidrogênio nos próximos anos. O conceito é uma evolução do protótipo Scenic Vision H2-Tech de 2022.

Todavia, essa evolução é bem superior, com eficiência de 90% em redução de emissão de CO² do “berço ao túmulo”, onde o cálculo de emissão também contempla o descarte de materiais e a reciclagem do veículo.

Hoje, um carro comum emite 5 toneladas de CO² no mesmo cálculo, o que é um ganho enorme para esse conceito, que é feito sobre a plataforma modular eletrificada AmpR Medium, pesando 1.750 kg.

Com coeficiente aerodinâmico de 0,25 de cx, o Renault Emblème mede 4,80 m de comprimento, 1,52 m de altura e 2,90 m de entre eixos, tendo ainda um motor elétrico traseiro de 217 cavalos e bateria NMC (níquel manganês cobalto) de 40 kWh.

Usando células de combustível de 30 kW, o Renault Emblème tem eficiência energética de 60% e autonomia de 1.000 km combinada. Sem recarga externa e com apenas dois abastecimentos, o alcance se estende por mais 350 km.

Com a arquitetura AmpR Medium, a Renault tem uma plataforma de tração traseira com componentes do trem de força (motor elétrico, bateria, célula de combustível e tanque de hidrogênio), projetado para manter um baixo centro de gravidade e distribuição de peso ideal.

Sendo ele uma das estrelas da Renault no Salão de Paris de 2024, que comece me 14 de outubro, o Emblème mostra um futuro mais viável para o hidrogênio, com peso adequado, aerodinâmica eficiente e uma arquitetura que parece dentro da conta para ser fabricada.

Atualmente, o hidrogênio só está sendo viável para comerciais leves como vans médias e grandes, bem como para caminhões pequenos. Somente Honda, Hyundai e Renault ousaram colocar carros a hidrogênio no mercado mundial com resultados pouco animadores.

De complexa manipulação e infraestrutura cara, devido à segurança, o hidrogênio ainda é um combustível que precisa de muitos desenvolvimentos para se tornar de fato viável.