Os funcionários da Renault rejeitaram a proposta feita ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba pela montadora francesa em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, segundo o site Auto Indústria.
O tribunal declarou ilegal o estado de greve, pois o sindicato não informou a paralisação com antecedência, conforme a lei. Na assembleia realizada pela entidade que reúne os trabalhadores da região, os empregados não aceitaram os pontos propostos abaixo:
- PPR (Programa de Participação nos Resultados) 2024 – valor total de R$ 25.000 com antecipação da 1ª parcela no valor de R$ 18.000 para uma produção de até 201 mil veículos. Esse valor proposto supera o pago em 2023, sendo esse de R$ 23.933,80, sendo o maior PPR do Brasil entre os fabricantes de veículos de passeio e comerciais leves.
- Data-base (setembro) – INPC a ser aplicado em setembro deste ano.
- Vale-mercado – INPC a ser aplicado em setembro de 2024.
- Contratação de 50 operadores (as) em até 20 dias úteis a contar da aprovação da proposta.
- Condições vinculadas à continuidade das ferramentas de flexibilidade e retomada da produção.
A montadora disse em comunicado: “A Renault do Brasil segue aberta ao diálogo. Tendo em vista a ilegalidade da greve, a empresa segue pronta para a retomada das operações. A produção continua paralisada”.
Parada desde 7 de maio, a fábrica da Renault em São José dos Pinhais já deixou de produzir 6,1 mil veículos e não se sabe ainda se eles poderão ser repostos adiante, quando as atividades retornarem ao normal.
O complexo da Renault tem fábricas em sua área, incluindo uma planta de motores da Horse, empresa criada em parceria com a Geely para assumir a engenharia da marca francesa.
Também existe uma fábrica de vans onde a Master é feita e outra de automóveis, de onde saem os modelos Kwid, Oroch, Duster, Kardian, Stepway, entre outros. O complexo Ayrton Senna emprega 5,7 mil pessoas e já produziu 3,5 milhões de veículos.
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