O Renault Group e a Nissan anunciaram uma alteração significativa no Novo Acordo da Aliança, visando ampliar a flexibilidade de ambas as partes em relação às suas participações cruzadas.
Agora, cada grupo terá o direito, mas não a obrigação, de reduzir sua participação mínima para 10%, em vez dos atuais 15%, ajudando tanto a japonesa em crise quanto dando mais liberdade para a francesa ampliar sua parceria com a Geely.
Essa mudança permite que tanto o Renault quanto a Nissan tenham maior liberdade para ajustar suas posições acionárias, sem comprometer os limites estipulados.
Importante notar que essa alteração não afetará a posição acionária do Renault Group, que detém 18,66% do capital da Nissan por meio de uma fidúcia francesa.
Além disso, o acordo estipula que qualquer cessão ou venda de ações deverá seguir um processo organizado e coordenado entre as duas empresas, garantindo que a outra parte ou um terceiro designado tenha direito de primeira oferta.
Essa cláusula visa manter a estabilidade e a transparência na transação das participações.
Paralelamente, a Nissan será liberada de seu compromisso de investir na Ampere, resultando na rescisão do acordo de investimento firmado em 26 de julho de 2023 entre o Renault Group, a Nissan e a Ampere.
Essa decisão é parte do esforço de ambos os grupos em reavaliar e ajustar suas estratégias de investimento e participação no mercado.
Tanto a alteração ao Novo Acordo da Aliança quanto a rescisão do acordo com a Ampere estão sujeitas ao cumprimento de condições prévias, que deverão ser atendidas até o fim de maio de 2025.
As demais cláusulas-chave do acordo permanecerão inalteradas, especialmente aquelas que limitam as participações e os direitos de voto de cada parte, que continuarão restritos a um máximo de 15% dos direitos de voto permitidos.
Essa mudança estratégica evidencia o desejo de maior autonomia e flexibilidade dos dois gigantes automotivos, permitindo que se ajustem de forma mais dinâmica aos desafios e oportunidades do mercado global.
Ao mesmo tempo, as regras de governança e os limites de participação acionária continuam a ser rigorosamente observados, assegurando a estabilidade da Aliança e a proteção dos interesses de ambas as partes.
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