Após uma paralisação de 29 dias, onde as empresas Renault e Horse deixaram de produzir em São José dos Pinhais, no Paraná, agora o chamado Complexo Ayrton Senna volta a parar novamente depois que os trabalhadores rejeitaram a mais recente proposta dos empregadores.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba realizou uma assembleia na frente da fábrica nesta terça (11) e os trabalhadores rejeitaram a proposta da montadora que, segundo a entidade, praticamente não mudou.

A Renault-Horse oferece uma participação nos lucros e resultados (PLR) mantida em R$ 25 mil, com antecipação de R$ 18 mil, porém, foi acrescido ao pacote este valor corrigido pelo INPC, segundo o site Auto Data.

Outra parte da proposta era o reajuste salarial, que a Renault ofereceu 0,5% de aumento e correção a partir do INPC em 2025, além de vale-mercado de R$ 1.300 ante R$ 1.040.

Todavia, a reivindicação dos operários pedia abono de R$ 30 mil e aumento real de 3,02% conforme o PIB de dois anos atrás. Também queriam a contratação de 300 pessoas para complementar o quadro de afastamentos, mas a Renault mudou a oferta de 50 para 70 pessoas.

Diante de tudo isso, os funcionários decidiram cruzar os braços e a unidade, que havia deixado de produzir 16,4 mil carros, agora novamente para, com suspensão das atividades do segundo turno no dia 11 e do primeiro no dia 12.

Uma nova assembleia foi marcada para as 14 horas de 12 de junho, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba., sendo essa realizada no portão do Complexo Industrial Ayrton Senna.

Agora, resta aguardar para saber se a Renault entrará em uma nova greve ou se a montadora mudará sua proposta até esta manhã. Já tendo iniciado a produção e exportação do Kardian, a montadora precisa manter a fabricação deste e dos demais para não cair ainda mais no ranking de vendas.

Em maio, a Renault caiu para oitava posição no Top 10, sendo superada pela Nissan, mas ainda ficou à frente da Honda.