
A Lyft, conhecida por sua atuação no setor de transporte por aplicativo nos Estados Unidos, anunciou um movimento ousado nesta segunda-feira: vai levar robotáxis da gigante chinesa Baidu para as ruas da Europa a partir deste ano de 2025.
A parceria marca não apenas a estreia da Baidu no mercado europeu de veículos autônomos, mas também a primeira grande expansão da Lyft além da América do Norte.
A estreia está prevista para acontecer em dois mercados estratégicos: Alemanha e Reino Unido. Os robotáxis elétricos da Baidu, modelo RT6, operarão pela plataforma da Lyft, aguardando aprovação regulatória em ambos os países.
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O objetivo é escalar a frota para milhares de veículos nos próximos anos, aproveitando a recente aquisição da FreeNow, aplicativo europeu de mobilidade urbana que pertencia à BMW e à Mercedes-Benz.

A transação, avaliada em US$ 200 milhões, foi concluída na última quinta-feira e abriu as portas da Lyft para nove países e mais de 180 cidades.
Na parceria, a divisão de tarefas está bem definida. A Lyft ficará responsável por operar a plataforma, cuidando de atendimento ao cliente e logística da frota.
Já a Baidu fornecerá os veículos autônomos e a tecnologia que os alimenta, com base na experiência de sua unidade Apollo Go — serviço que já completou mais de 11 milhões de corridas em 15 cidades globais.
“Com a FreeNow, passamos a ter uma relação próxima com os reguladores europeus. E é com eles que queremos conversar sobre como implementar essa operação da forma mais segura e eficaz possível”, afirmou Jeremy Bird, vice-presidente executivo da Lyft, em entrevista à Reuters.

O movimento acontece em meio à crescente corrida global por robotáxis. O Reino Unido, por exemplo, já anunciou que pretende lançar serviços comerciais com passageiros pagantes até a primavera de 2026.
Uber, por sua vez, já se antecipou e firmou parcerias com diversas empresas de veículos autônomos, como Waymo, Pony.ai, WeRide e Momenta, também com planos de lançamento na Europa para 2026.
Para a Lyft, a parceria com a Baidu é uma forma de não ficar para trás no jogo da mobilidade autônoma, onde o Uber já vem se consolidando como um dos grandes players.
Já para a Baidu, trata-se da chance de internacionalizar seu serviço Apollo Go e competir diretamente em um mercado ocidental exigente e competitivo.

A aliança entre uma gigante americana da mobilidade e uma das líderes chinesas em inteligência artificial pode representar uma reviravolta no equilíbrio de forças no setor de transporte autônomo.
E se tudo correr conforme o planejado, em breve os europeus poderão chamar, pelo celular, um robotáxi chinês operado por uma plataforma americana — e sem nenhum motorista ao volante.
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