A indiana Royal Enfield chegou há alguns anos com a proposta de trazer motos de estilo custom para o mercado brasileiro, mantendo apenas uma loja em São Paulo no início da operação.
Todavia, a marca indiana de origem inglesa ganhou a confiança do consumidor e evolui em vendas por aqui, deixando clássicas como a Classic 50 para trás e trazendo produtos mais modernos, ainda que bem estilosos, como a Meteor, Interceptor e Continental GT, por exemplo.
Com a ampliação da gama e das vendas, a Royal Enfield passou a ter uma rede de concessionárias e a produzir motocicletas em Manaus, na fábrica da Dafra. A estratégia deu certo e agora a indiana quer fechar 2024 com até 20 mil unidades montadas aqui.
Tendo obtido crescimento de 44% nas vendas de janeiro a julho desse ano, a RE prevê uma rede de 38 lojas até o final do ano e um necessário aumento da produção, haja visto que em 2023 a marca emplacou pouco mais de 9 mil motos e este ano pode simplesmente dobrar o volume.
Gabriel Patini, diretor-executivo da Royal Enfield para a América Latina, disse ao site Auto Data: “Há capacidade para produzir mais. Temos, hoje, um gargalo na linha de produção de kits CKDs na Índia, mas dois turnos adicionais serão abertos apenas para atender à demanda do Brasil”.
Em julho, a linha de produção da RE teve mais de 2 mil motos feitas, mas o processo não é nada fácil. Isso porque a montadora importar peças e componentes da Índia num processo que dura cinco meses, sendo que três deles se passa em navio, cruzando dois oceanos.
Patini disse que o objetivo da RE é ter uma produção regular de 2 mil motos por mês em Manaus, porém, a infraestrutura permite alcançar até 35.000 motos por ano.
Tudo isso é exclusivo do mercado brasileiro, já que não se planeja exportação. Com preços competitivos e motos atraentes, a Royal Enfield ganhou seu espaço e agora só o quer ampliar.
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