Ruído, buzinas e atrasos despencam com nova política de pedágio urbano na cidade de Nova York

nova york nyc
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Quando Nova York decidiu, no início do ano, implementar a primeira cobrança para entrada de veículos em áreas centrais nos Estados Unidos, a proposta gerou intensa resistência.

A medida parecia radical em um país onde a cultura do automóvel é profunda. No entanto, meses após sua implantação, os resultados falam mais alto que a controvérsia inicial.

A lógica da nova política é simples: se alguém opta por trazer seu carro para áreas congestionadas da cidade, causando impacto coletivo – como engarrafamentos, poluição sonora e atrasos –, então deve arcar com um custo por isso.

No caso, o custo é de 9 dólares.

Esse modelo já é aplicado com sucesso em metrópoles como Londres e Estocolmo. Nova York apenas adaptou a ideia para sua realidade urbana, repleta de transporte público e áreas densamente povoadas.

nova york
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Os resultados não demoraram a aparecer.

Um estudo da Regional Plan Association mostrou que os atrasos no tráfego em Manhattan caíram 25% desde que a taxa entrou em vigor .

Em áreas fora da zona tarifada, como partes de Nova Jersey, a redução foi de 9%, desmentindo o argumento de que o congestionamento apenas seria empurrado para regiões vizinhas.

Além disso, ônibus passaram a circular mais rapidamente – um exemplo claro é a redução de quase 50% nos tempos de trajeto dos ônibus que atravessam o túnel Holland. Emergências médicas também ganharam agilidade, o que pode representar vidas salvas.

Com cerca de 60 mil veículos a menos por dia entrando na zona de pedágio, houve também aumento no fluxo de pedestres, queda nas denúncias por buzinas excessivas e uma arrecadação de 48 milhões de dólares já no primeiro mês.

E ainda que os dados sobre qualidade do ar ainda não estejam consolidados, a tendência é que menos carros parados e emitindo gases tragam benefícios diretos à saúde da população.

Curiosamente, a adesão da população só começou a crescer de fato quando um certo ex-presidente tentou barrar o projeto, o que parece ter unido os nova-iorquinos em defesa da iniciativa.

Hoje, os mesmos moradores que antes se mostravam céticos apoiam majoritariamente a política.

O caso nova-iorquino reforça uma velha máxima das grandes cidades: medidas ousadas, mesmo que inicialmente impopulares, podem transformar radicalmente o cotidiano urbano – desde que bem executadas e com benefícios tangíveis.



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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.