
Mesmo com o mercado global cada vez mais dominado por SUVs, a BMW decidiu remar na direção contrária.
Em sua nova fase de design, a marca alemã confirmou que os sedãs e as tradicionais peruas Touring continuam sendo parte essencial da identidade da empresa.
E mais: a promessa é de um estilo mais limpo, elegante e contido nos próximos lançamentos.
A mudança de postura foi detalhada por Oliver Heilmer, um dos principais nomes do design da BMW, responsável pelas linhas compactas, modelos da linha Neue Klasse, Mini e divisão BMW M.
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Segundo o executivo, em entrevista ao portal australiano Go Auto, a empresa está vivendo uma fase de transição estética, deixando de lado o visual agressivo e chamativo que marcou muitos lançamentos nos últimos anos.

O primeiro modelo a representar essa nova abordagem é o SUV iX3 de segunda geração, que inaugura a linguagem visual da plataforma Neue Klasse. Serão 40 modelos com esse novo design até 2027, incluindo carros que ainda utilizam plataformas anteriores.
Apesar de boa parte da linha futura continuar focada em utilitários, a marca promete investir pesado em modelos mais baixos, como sedãs e wagons, justamente para atrair um público que começa a rejeitar os SUVs grandes e pesados.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a BMW observou um aumento no interesse por peruas, algo inesperado em um mercado historicamente alheio a esse tipo de carroceria.
E na Europa, principalmente no norte e na Alemanha, a demanda pelas versões Touring do Série 3 e Série 5 segue firme. Com esse cenário, a marca vê espaço para expandir a oferta desses modelos em novos mercados.

A divisão M também acompanhará essa tendência. O M3 Touring já vem fazendo sucesso em países como EUA e Austrália, e a próxima geração do M5 terá uma versão híbrida plug-in com carroceria wagon.
Já o próximo grande lançamento será o novo i3 sedan, que ressuscita o nome do antigo hatchback elétrico em uma proposta totalmente diferente: agora, um sedã elétrico com a nova identidade visual da marca.
O design também será menos “barulhento”. As enormes grades verticais vistas nos últimos M3 e X7 estão com os dias contados.
Segundo Heilmer, o novo visual busca inspiração nos anos 60, com proporções mais equilibradas, superfícies mais limpas e visual emocional, mas sem exageros.

Mesmo mantendo a tradicional grade dupla, a BMW promete ajustar o tamanho de acordo com o modelo. Detalhes icônicos como a curvatura Hofmeister também serão adaptados.
Por outro lado, elementos como os faróis circulares não devem retornar, já que a evolução do LED eliminou a necessidade de formas redondas.
Para a BMW, a chave está em manter a confiança da marca, evitando seguir modismos passageiros.
O objetivo agora é fazer carros com personalidade própria, respeitando o legado e as preferências de um público que busca elegância, dirigibilidade e sobriedade.
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