Seis países europeus se juntam para pedir o fim da exigência de carros elétricos a partir de 2035

europa uniao europeia (2)
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Seis líderes europeus se uniram em um apelo direto à Comissão Europeia para rever e suavizar as regras de emissões de veículos previstas para os próximos anos, visando impedir o banimento total dos motores a combustão a partir de 2035.

A carta, datada de 4 de dezembro e obtida pela Bloomberg, foi endereçada à presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e é assinada por chefes de governo como Giorgia Meloni (Itália) e Donald Tusk (Polônia), além dos líderes de Hungria, Eslováquia, República Tcheca e Bulgária.

Na mensagem, os premiês pedem que o novo pacote regulatório, com revisão antecipada para este mês, contemple tecnologias como híbridos plug-in, veículos com extensor de autonomia e modelos com célula de hidrogênio mesmo após 2035.

A proposta desafia diretamente o plano da União Europeia de restringir, a partir daquela data, a venda de veículos novos com motores a combustão interna, medida adotada como pilar da política climática do bloco.

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“O momento é decisivo tanto para a indústria automotiva europeia quanto para a ação climática do continente”, afirmam os líderes no documento.

Eles alertam que o excesso de rigidez pode comprometer a competitividade industrial da Europa e transformá-la em um “deserto verde” — uma crítica direta ao risco de desindustrialização.

A carta também destaca a importância da neutralidade tecnológica, defendendo que nenhuma solução única seja imposta como caminho obrigatório para a descarbonização.

O grupo quer garantir que haja espaço para diferentes rotas de inovação e desenvolvimento, em vez de priorizar exclusivamente os carros elétricos a bateria.

Esse movimento político surge em meio à desaceleração na demanda por veículos elétricos, custos de energia elevados e forte concorrência dos fabricantes chineses.

Além disso, as montadoras enfrentam incertezas diante das tarifas comerciais dos EUA e da instabilidade regulatória na Europa.

Empresas como Volkswagen, Renault e Stellantis aguardam definições concretas sobre o futuro da legislação antes de concretizar novos investimentos.

Só na indústria automotiva europeia, bilhões de euros estão em jogo, com impactos diretos na manutenção de fábricas, empregos e cadeias produtivas inteiras.

Enquanto Itália e Alemanha buscam alternativas para proteger seus setores automotivos, a França tenta consolidar sua política de “preferência europeia” para veículos elétricos, com foco na preservação dos postos de trabalho locais.

Com a antecipação da revisão das regras de emissões, originalmente prevista para 2026, a expectativa é de que a Comissão apresente uma proposta ajustada ainda neste mês.

A reação dos governos nacionais evidencia a crescente divisão dentro da União Europeia sobre como conduzir a transição energética no setor automotivo sem comprometer a competitividade industrial do bloco.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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