
Os EUA são um grande destino para toda a indústria automotiva mundial, porém, com a nova política de Washington, que propõe um isolacionismo americano, a União Europeia se volta para outros parceiros.
Segundo a Reuters, a UE quer que a Índia, um dos mercados que mais crescem no mundo, elimine as tarifas de importação de veículos em um acordo comum, que vem sendo costurado há décadas.
Na Índia, uma fonte ouvida diz que o governo está disposto a reduzir o imposto de importação de carros de 100% para 10%, o que significaria um avanço enorme rumo ao livre comércio.
Além da fonte do governo, duas oriundas da indústria automotiva indiana também confirmaram que Nova Déli considera um corte impressionante na carga tributária com a Europa.
Todavia, sabe-se haver um lobby poderoso dos fabricantes indianos, que querem limitar a redução para 30% e ainda pedem uma proteção de quatro anos para a entrada de carros elétricos estrangeiros.
A União Europeia busca exatamente os carros elétricos nesse acordo com a Índia, já que os EUA se tornaram um destino proibitivo para as montadoras do continente.
Fabricantes como Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW serão altamente beneficiados, assim como a própria Tesla, já que tem fábrica na Alemanha.
A Stellantis já tem presença na Índia com a Citroen, enquanto a Renault também tem uma base no mercado indiano, sendo as duas bem atuantes em carros de baixo custo.
Isso também beneficiaria duas marcas europeias que pertencem à indiana Tata Motors, sendo elas Jaguar e Land Rover.
Nesse caso, em especial a última, o fechamento dos portos americanos às nações amigas tende a obrigá-la a buscar novos destinos e a Índia é um mercado promissor, ainda mais para importados de marcas de renome e de propriedade indiana.
Já os fabricantes indianos, como Tata e Mahindra poderão finalmente explorar o mercado europeu com seus carros elétricos de baixo custo, em especial no leste europeu.

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