As tentativas de vender a fábrica de Bruxelas não deram resultado e, sem tempo, a Audi deve fechar sua fábrica de carros elétricos na capital do reino dos belgas, o que coloca ainda mais pressão sobre o grupo Volkswagen, em crise na Europa.
A montadora de carros de luxo produz no local o Audi Q8 e-tron, anteriormente vendido como apenas Audi e-tron, sendo um produto já bem conhecido, tanto lá quanto cá. Como um carro elétrico premium, ele deveria estar vendendo bem, só que não…
Mais antiga que a fábrica da Volkswagen no bairro do Ipiranga, em São Paulo, já não mais existente, a planta belga surgiu em 1948, quando Pierre D’Iteren, um importador belga da Volkswagen, começou a construir uma fábrica de carros.
Ainda que os primeiros carros tenham sido da Studebaker, a Volkswagen se tornou a única marca a ter carros feitos lá a partir de 1954 e em 1970, o controle passou para a empresa alemã.
Somente em 2007 é que a fábrica de Bruxelas foi para as mãos da Audi e após dois anos de reconstrução, a planta passou a produzir o Audi Q8 e-tron em 2018.
Trata-se de uma fábrica bem moderna, que emprega 3.000 trabalhadores especializados, mas mesmo assim, a infraestrutura belga não interessou potenciais compradores, em especial marcas chinesas.
Como se sabe, muitos fabricantes chineses querem entrar na Europa e agora sabe-se que a produção local é uma opção para se evitar a sobretaxa sobre os importados da China.
Todavia, diferente do Brasil, lá o imposto maior não é aliviado com a fabricação local, se houver importação de outros produtos. Assim, para muitas marcas que dependem da importação até terem um portfólio local, a iniciativa parece não compensar.
Além disso, Pequim recomendou aos fabricantes locais que evitem investir muito dinheiro em produção na Europa, exatamente porque há um processo de desindustrialização na própria China, com metade do parque instalado ocioso.
Sem chineses, quem compraria a fábrica da Audi? Foram 26 tentativas frustradas de vender a história planta belga, segundo a Bloomberg.
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