
Setembro foi um mês de altos e baixos para o setor de carros elétricos chineses, em seus números globais.
Enquanto marcas como Xpeng, Leapmotor e Nio registraram saltos expressivos nas vendas, outras gigantes como BYD e Li Auto decepcionaram, colocando em xeque metas ambiciosas para o ano.
A corrida para bater metas de fim de trimestre, somada ao feriado da Golden Week no início de outubro, impulsionou uma movimentação intensa nos últimos dias de setembro, refletida nos números de entregas.
Entre os destaques positivos, a Xpeng brilhou com 41.581 veículos vendidos, crescimento de 10,3% em relação a agosto e impressionantes 94,7% na comparação anual.
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No acumulado de 2025, a empresa já soma 313.196 unidades, um avanço de 217,8% — desempenho que garante com folga a superação da meta de 380 mil carros até dezembro.
A Leapmotor seguiu na mesma linha de crescimento, com 66.657 unidades em setembro — alta de 97,4% em relação ao ano anterior. Já são 395.516 carros vendidos em 2025, um aumento de 128,8% no acumulado.
A empresa já havia revisado sua meta anual para algo entre 580 mil e 650 mil, e parece cada vez mais próxima de atingi-la.
A Geely, por sua vez, também teve desempenho sólido. Foram 165.201 unidades vendidas em setembro, alta de 81,3% no ano e 12,1% no mês.
O destaque vai para sua nova marca Galaxy, que respondeu por 120.868 dessas unidades, um crescimento de 316% sobre setembro de 2024. Com 1,16 milhão de carros elétricos vendidos no ano, a montadora vive um momento de forte expansão.

A Nio entregou 34.749 unidades no mês, aumento de 64,1% na comparação anual. No entanto, a empresa segue com números mais modestos que as líderes do segmento.
Já a Huawei, com sua aliança automotiva HIMA, vendeu 52.916 veículos, um crescimento de 32,5% no ano. A marca inclui cinco sub-marcas: Aito, Luxeed, Stelato, Maextro e Shangjie.
Por outro lado, a BYD surpreendeu negativamente. Embora tenha vendido 393.060 carros globalmente em setembro, o número representa queda de 5,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A marca até cresceu 5,8% no mês, mas não foi suficiente para manter a meta inicial de 5,5 milhões de carros em 2025 — que foi revisada para 4,6 milhões recentemente.
A situação mais delicada é da Li Auto, que viu as vendas de setembro despencarem 36,8% em relação ao ano passado, totalizando 33.951 unidades.
A empresa, que já havia reduzido sua meta anual para 640 mil carros, deve revisar os números para baixo novamente, já que o ritmo atual não permite cumprir o objetivo.
A Xiaomi, por outro lado, manteve sua tradição de não divulgar números exatos, mas afirmou ter superado as 40 mil unidades em setembro.
Se comparado aos dados de emplacamentos do mesmo mês do ano passado — 13.559 veículos —, o salto representa um crescimento superior a 3 vezes.
Por fim, a Tesla China também não revelou dados completos, mas informações de registros de seguro indicam que 50.200 veículos foram registrados entre 1º e 28 de setembro.
A estimativa é de que o número final de entregas fique próximo a 55 mil, considerando que a empresa utiliza sua planta de Xangai tanto para abastecer o mercado local quanto para exportação.
No geral, os dados mostram um setor elétrico dinâmico e em constante mutação, com gigantes revisando metas, novas marcas crescendo em ritmo acelerado e disputas cada vez mais acirradas pelo topo do mercado chinês de veículos elétricos.
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