
A BYD alcançou mais um marco importante na corrida pela direção semiautônoma ao anunciar que seu sistema de assistência à condução, batizado de “Olho de Deus”, já está presente em mais de 2 milhões de veículos na China.
O número impressiona tanto pela escala quanto pela velocidade de adoção: em poucos meses, a marca saltou de 1,7 milhão para 2 milhões de unidades com o sistema instalado.
Somente em outubro, segundo a Y-Auto, a empresa vendeu 316.759 carros equipados com tecnologia de condução assistida — o equivalente a mais de 73% do total de veículos de passeio comercializados pela marca naquele mês.
O volume foi liderado pela marca principal da BYD, com 279.724 unidades.
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A submarca Fangchengbao respondeu por 29.974, enquanto a Denza vendeu 6.409 veículos com a tecnologia. Já a Yangwang, focada em modelos de ultra luxo, entregou 652 unidades.
Mas o dado mais revelador talvez seja o volume de informações coletadas: mais de 130 milhões de quilômetros de dados são gerados diariamente por veículos com o “God’s Eye” em operação nas ruas, avenidas e rodovias chinesas.
Essa massa de dados é crucial para o aprimoramento constante dos sistemas ADAS (sistemas avançados de assistência à condução), permitindo atualizações de software cada vez mais sofisticadas.
Ao contrário de concorrentes como Nio, Li Auto e Xpeng — que inicialmente limitam suas tecnologias de condução assistida a modelos mais caros — a BYD vem implementando o sistema em grande parte de sua linha, inclusive em veículos mais acessíveis.
Essa democratização da tecnologia tem como principal objetivo acelerar o desenvolvimento da plataforma por meio de ampla coleta de dados em situações de tráfego reais e variadas.
Analistas do setor apontam que o avanço do “Olho de Deus” também está ligado à modernização das plataformas da marca, como a e-Platform 3.0 e a linha híbrida DM-i.
Essas arquiteturas mais recentes já trazem câmeras de alta resolução, radares de ondas milimétricas mais precisos e poder de processamento elevado, o que permite oferecer recursos ADAS como padrão até em segmentos que antes não contavam com essa tecnologia.
Além da escala industrial, a BYD também tem intensificado os testes em condições reais, abrangendo áreas urbanas, rodovias e regiões suburbanas, para ampliar o aprendizado do sistema e adaptá-lo a diferentes comportamentos de trânsito.
Com isso, o sistema vai se consolidando como peça-chave na estratégia da marca, não apenas para atender a uma demanda crescente por segurança e tecnologia, mas também para preparar o terreno para futuros avanços rumo à condução autônoma plena.
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