Sistemas de frenagem de emergência de modelos até 2017 e 2018 só conseguem evitar acidentes 51% do tempo, os de 2024 conseguem 100%

sistema frenagem emergencia

Os sistemas de frenagem automática de emergência (AEB) já existem por 21 anos, acredite se quiser. Em 2003, a Honda lançou a primeira versão do sistema em um carro chamado Inspire, disponível apenas no Japão.

Hoje, esta tecnologia já está bem mais amplamente disponível. No Brasil, até mesmo carros de pouco mais de R$ 100.000, como é o caso do Toyota Yaris XS 1.5, já saem de fábrica com o dispositivo de segurança.

Mas novos testes indicam que as versões modernas são significativamente mais eficazes do que as de gerações anteriores. Em outras palavras, a diferença de alguns anos de fabricação pode representar a distinção entre um acidente e um “quase acidente”.

Os resultados são claros: todos os modelos 2024 testados pela AAA (American Automobile Association) conseguiram evitar colisões em velocidades de até 56 km/h (35 mph).

Em contrapartida, os modelos de 2017 e 2018 apresentaram um desempenho muito inferior, com uma taxa de sucesso de apenas 51%.

Para realizar esses testes, a AAA comparou três modelos mais antigos — Jeep Grand Cherokee 2017, Nissan Rogue 2018 e Subaru Outback 2018 — com suas versões 2024 em situações simuladas de frenagem de emergência a velocidades de 19 km/h (12 mph), 40 km/h (25 mph) e 56 km/h (35 mph).

Os resultados são reveladores: os veículos mais antigos conseguiram evitar 73% das colisões a 19 km/h (12 mph), mas essa taxa caiu para 47% a 40 km/h (25 mph) e para apenas 33% a 56 km/h (35 mph).

Em contraste, os modelos de 2024 evitaram completamente colisões a 56 km/h, destacando os avanços significativos da tecnologia moderna.

Considerando que grande parte da quilometragem percorrida pelos motoristas ocorre em velocidades mais altas, os pesquisadores decidiram testar os limites dos sistemas AEB.

Três de cada quatro veículos conseguiram evitar colisões a 72 km/h (45 mph), mas quando o teste foi realizado a 89 km/h (55 mph), nenhum dos modelos conseguiu evitar o impacto.

A principal razão para essa diferença está na tecnologia mais avançada dos modelos atuais, que utilizam câmeras e sensores de última geração.

Greg Brannon, diretor de pesquisa em engenharia automotiva da AAA, destacou que esses avanços são “louváveis”, mas alertou que “ainda há um longo caminho para garantir que os sistemas funcionem de forma eficaz em velocidades mais altas”.

Essa questão ganhará ainda mais relevância em breve, já que a Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA) aprovou, em abril, um novo padrão de segurança veicular federal.

A partir de setembro de 2029, todos os carros de passeio e caminhões leves vendidos no país deverão estar equipados com sistemas de frenagem automática de emergência, capazes de operar em velocidades de até 100 km/h (62 mph) e detectar pedestres tanto durante o dia quanto à noite.

google news2Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!

Na enquete anterior, 73% das respostas (573 pessoas) indicaram que acessam o NA usando o celular.

Agora, queremos saber: com que frequência você acessa o NA?

.

O que você achou disso?

Toque nas estrelas!

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.




Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.