Stellantis: não adianta muito carro elétrico sem infraestrutura e salários para comprá-los

bio hybrid stellantis1
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Com previsão de 40 lançamentos até 2030 e nada menos que R$ 30 bilhões a serem investidos na América do Sul, a Stellantis lidera o mercado regional e brasileiro com várias marcas, sendo cinco delas aqui no país.

Tendo como esforço se eletrificar no Brasil e região, a Stellantis foca dinheiro nos carros híbridos da linha Bio-Hybrid, já que os carros elétricos são considerados caros demais para a realidade do mercado nacional.

Em entrevista ao jornal Estadão, Emanuele Cappellano, Presidente da Stellantis na América do Sul, afirmou: “Não adianta pensar em lançar quantidades de carros elétricos com um custo extremamente alto quando não se tem infraestrutura e salários para comprar carros elétricos”.

bio hybrid stellantis2
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Cappellano justificou o alto investimento regional devido à importância dos mercados locais e ao alto custo da tecnologia, lembrando que serão lançados modelos híbridos MHEV, HEV e PHEV, além de uma base BEV.

Por aqui, a Stellantis quer ter 20% de suas vendas com carros eletrificados até 2030, um volume muito abaixo de sua proposta para os EUA com 50% e para a Europa, onde será de 100% das vendas.

No Brasil, a Stellantis está de olho nas tendências do mercado e também no custo para os compradores, pois a empresa vê um custo elevado no caso dos carros elétricos e poucos terão salários ou rendas mensais que garantam a compra desses veículos.

plataformabio hybridplug in1
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Com lançamentos baseados no ritmo do mercado, a Stelllantis quer “calibrar” os lançamentos, focando em carros de custo menor, sendo nesse caso, os híbridos, que teriam assim um impacto menor nos preços em comparação com os elétricos puros.

Mesmo assim, Cappellano considera a evolução de tecnologia e acredita que nos próximos anos, os custos gerais, especialmente de baterias, cairá. Também aposta na engenharia local para reduzir esses gastos e tornar a operação rentável.

plataformabio hybrid2
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Sobre investimentos mais pesados em eletrificação, como produção de baterias, Cappellano disse que mesmo que toda a indústria nacional mudasse para elétricos, uma fábrica nacional de baterias já seria demais para nossa demanda devido ao alto custo, em torno de € 3 bilhões.

Então, pelo dito pela Stellantis, não devemos esperar muitos elétricos, mas uma quantidade razoável de híbridos leves, em especial, até 2030. Sobre os custos, a indústria chinesa tem sido mandatória e importar de lá sai muito mais em conta que fazer aqui.

[Fonte: Estadão]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X