Enquanto a Audi falou com 26 potenciais compradores para a fábrica de Bruxelas e nenhum deles, supostamente a maioria de chineses, a Stellantis disse não aos asiáticos por conta de uma de suas marcas.
Carlos Tavares, durante o Salão de Paris, disse não para “muitos” fabricantes chineses, interessados em uma das 14 marcas do grupo Stellantis, indicando que as montadoras do gigante da Ásia não estão interessados em fábricas, como da Audi, mas em marcas.
Obviamente parece que a Audi não tinha nada a oferecer nesse sentido, embora saibamos que Horch, Auto Union, DKW e, especialmente, a NSU, estão ligadas ao fabricante das quatro argolas, mas todas estão extintas.
Na Stellantis, porém, as 14 marcas estão ativas, ainda que delas, a Maserati seja a única a dar prejuízo de fato, com a Chrysler sendo outra com futuro incerto.
Tavares disse ao site Auto Plus: “Muitos fabricantes chineses bateram-me à porta para comprar marcas e eu recusei. É um ativo intangível que tem valor, que representa um valor de marca com uma história”.
Sobre a Maserati, o executivo português comentou: “É a única marca que está a perder dinheiro”. Perdida entre luxo e performance, a marca do tridente de Netuno tomou o lugar da Lancia como uma bandeira de futuro incerto.
Ainda que a Lancia tenha recebido um novo produto, ela de certa forma pode conflitar com a DS, já que ambas tem um feeling mais premium, com a Alfa Romeo mais esportiva e a Maserati em cima do muro.
Não se sabe qual será o destino dela, mas até 2027, a Maserati terá de sair do vermelho ou será cortada pelo novo CEO da Stellantis. A recusa de Carlos Tavares é parte dessa garantia da Stellantis para suas marcas.
Ele determinou que a cada dois ou três anos, haja uma reavaliação das marcas para ver qual ou quais já não estão correspondendo ao esperado. Se fosse hoje, a Maserati estaria no olho da rua. Fechará ou fará parte de ativos chineses?
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