A Stellantis não apresentou resultados bons no último balanço financeiro e isso acendeu a luz amarela no grupo internacional, que agora tem 15 marcas, com a Leapmotor passando a fazer parte do hall de bandeiras da empresa.
De olho em aumentar as margens, com redução de estoques, especialmente nos EUA, segundo a Reuters, Carlos Tavares decidiu que quem não der resultado a partir de agora, está fora do jogo.
Ainda que o recado tenha sido para as marcas que atuam nos EUA, onde a Stellantis não está como gostaria, são marcas europeias que poderão ficar pelo caminho se não derem lucro.
Tavares foi taxativo: “Se eles não ganharem dinheiro, nós os fecharemos”. Quem seriam “eles”, em específico? Segundo rumores do mercado europeu, vindo de analistas, a Maserati pode ser a primeira a ir para o cadafalso, mas não totalmente.
O motivo é que não se fala em fechar a marca, mas em vendê-la. No primeiro semestre de 2024, a Maserati teve um prejuízo operacional de € 82 milhões. Isso poderia reforçar a ideia de se colocar uma placa no tridente e sabemos que se isso ocorrer, ela certamente terá um dono chinês.
Aliás, isso teria apoio incondicional do governo de Giorgia Meloni, que está em pé de guerra com a Stellantis. Já no caso de Lancia ou DS, analistas dizem que ambas cairão com seus corpos por contribuírem muito pouco com o grupo.
A Lancia, assim como a DS e outras marcas, incluindo a Chrysler, foram salvas do fim certo pelo executivo português, quando assumiu a cadeira de chefe da Stellantis. Tavares manteve todas as marcas quando se pensava em uma matança de bandeiras.
Mesmo assim, sua paciência com algumas marcas acabou. Ele explicou: “Não podemos nos dar ao luxo de ter marcas que não ganham dinheiro.” Para contornar os custos, Tavares ampliou a estratégia da PSA em fundir num só produto, carros a combustão e elétricos.
Além disso, promoveu o compartilhamento de carrocerias entre suas marcas mais populares, como Peugeot, Citroën, Fiat, entre outras. Com 15 para lidar, a Stellantis acumula um prejuízo operacional de 22% em 2024 e 40% de queda no lucro líquido.
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