Subaru Legacy: a história de todas as gerações

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O Subaru Legacy é um dos principais modelos da marca japonesa, sendo o maior em tamanho, oferecido sempre como sedã e perua. O produto gerou uma variante aventureira, chamada Outback.

Apesar de a Subaru ter muitas décadas, o Legacy é um carro até que “novo” em comparação com seus rivais conterrâneos, tendo nascido em 1989, pouco antes do Brasil liberar as importações.

Não mais vendido no Brasil, onde apenas a Subaru Outback é uma recordação de sua antiga presença, o Subaru Legacy está bem, presente em mercados consolidados, especialmente nos EUA, onde ajuda a dar boa reputação à marca.

Mesmo com 31 anos, o Subaru Legacy já está em sua sétima geração, tendo evoluído bastante em estilo desde o início, contudo, sua engenharia quase que permaneceu inalterada.

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O Subaru Legacy foi uma resposta da marca aos sedãs de porte médio nos EUA, que aqui no Brasil são considerados grandes, entre eles Toyota Camry e Honda Accord, por exemplo.

O Legacy é conceitualmente o produto topo de gama da Subaru, atuando acima do Impreza – que é menor – e gerando uma perua familiar de bom porte, que deu origem ao modelo Outback, essencialmente sua versão aventureira.

Desde sempre, o Subaru Legacy ofereceu um conjunto mecânico singular, que consiste num motor boxer de quatro ou seis cilindros, bem como transmissão automática ou CVT.

Esse conjunto se acopla ao sistema de tração S-AWD, que fica no mesmo plano do conjunto motriz, baixando o centro de gravidade e dando ao Legacy uma característica de condução agradável, além da capacidade de rodar em qualquer piso.

Subaru Legacy – Estilo

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A geração atual (BW e BT) do Subaru Legacy surgiu em 2019 e foi construída sobre a plataforma SGP (Subaru Global Platform), a mesma do Subaru Impreza e Subaru XV, por exemplo.

O estilo atual é bem expressivo, seguindo a tendência da geração anterior, mas com um olhar mais próximo do esportivo WRX, embora ambos agora compartilhem a mesma base SGP.

Os faróis full LED apresentam assinatura em LED com formato de “C”, enquanto a grade hexagonal com logotipo oval da marca não abusa das formas e cores, usando um preto fosco no acabamento.

Já o para-choque tem linhas envolventes e um spoiler pronunciado ao centro, usando ainda molduras pretas. A carroceria é bem fluída e aposta numa extensão das colunas C sobre a tampa do porta-malas, que assim ficou pequena.

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Com boa área envidraçada, especialmente nas portas traseiras, o Subaru Legacy ficou jovial em suas formas. Na traseira, as lanternas em LED ganharam o mesmo “C” frontal, mas com extensões nas laterais, conforme obrigatoriedade nos EUA.

O protetor truncado insinua duas saídas de escape integradas. Por causa da Outback, que sempre fez sucesso, a perua Legacy não se encontra mais presente desde a quinta geração, morrendo em 2014, no Japão.

Assim, hoje, o Subaru Legacy é apenas oferecido em carroceria sedã, mesmo nos EUA, onde também é fabricado. Ele tem 4,840 m de comprimento, 1,840 m de largura, 1,500 m de altura e 2,750 m de entre eixos.

Por dentro, o Subaru Legacy atual chama muita atenção devido ao painel devido à tela de 11,6 polegadas com diversas funções, inclusive climatização. O cluster analógico tem display central e boa visibilidade.

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A Subaru realçou o habitáculo com materiais melhores, especialmente couro no painel, portas e assentos, assim como detalhes em cromo ou preto brilhante.

Com bom espaço interno e porta-malas generoso, o Subaru Legacy busca integrar cada vez mais tecnologias para torna-lo eficiente e seguro. Neste último caso, o modelo vem com a tecnologia EyeSight.

O EyeSight é um assistente de condução que utiliza uma câmera inteligente para detecção de veículos, ciclistas, pedestres e faixa de rolamento, alertando o motorista sobre os riscos iminentes e freando/desviando de forma independente.

No Subaru Legacy, a segurança é levada bem à sério com altos índices de bons resultados nas avaliações da NHTSA e IIHS, competindo fortemente com a Volvo no quesito proteção.

Subaru Legacy – Motor

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O Subaru Legacy atual utiliza dois motores basicamente. Ambos são boxer, ou seja, com cilindros opostos, como nos carros da Porsche e nos clássicos da Volkswagen, por exemplo.

Na proposta de acesso, o propulsor é o FB25D, que tem 2.457 cm3 e taxa de compressão de 12:1, entregando 185 cavalos a 5.800 rpm e 24 kgfm a 4.400 rpm. O câmbio é exclusivamente Lineartronic CVT.

Já a segunda opção para o Subaru Legacy é o FA24F, que assim como o FB25D, possui injeção direta de combustível e tem quatro cilindros opostos, porém, possui turbocompressor e intercooler.

O FA24F tem 2.387 cm3 e entrega 260 cavalos a 5.600 rpm com 38 kgfm entre 2.000 e 4.800 rpm, igualmente com o Lineartronic. Com ele, o Subaru Legacy tem uma performance muito boa, sendo o topo de linha do produto.

Primeira geração

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O Subaru Legacy surgiu em 1989 para concorrer com os sedãs maiores das principais marcas que atuavam no mercado americano.

O objetivo da empresa nunca foi elevar seu patamar no Japão.

Com estilo bem nipônico, o Legacy apareceu como irmão maior do Impreza e trouxe consigo uma variante perua. Medindo 4,510 m de comprimento (4,600 m na familiar), ele vinha para dar força ao segmento.

Ele chamava atenção por seus cantos arredondados, apesar das linhas gerais serem retilíneas. O Subaru Legacy também se diferenciava por suas portas sem molduras para os vidros, tal como em carros esportivos.

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Isso foi uma das marcas do Legacy em seus primeiros anos, o que atraía muita gente. Além disso, o Subaru trazia uma arquitetura baseada no conjunto motriz simétrico, num mesmo nível para baixar o centro de gravidade.

Nesse caso, a oferta de motores boxer na primeira geração foi grande. Evolução da linha EA, a EJ teve no Legacy versões 1.8, 2.0 e 2.2, sendo que os dois últimos tiveram opções turbinadas, inclusive uma delas para a perua STI.

Na época, o Subaru Legacy só tinha opção automática de quatro marchas, além de manual com cinco velocidades.

O modelo tinha tração dianteira ou integral por meio de acoplamento viscoso. Chegou a ter 220 cavalos de potência.

Segunda geração

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Diferente da geração BC, BF e BJ, as BD, BG e BK são referentes à segunda, que foi aquela que chegou ao Brasil oficialmente. Tendo sido lançado em 1993, esse Subaru Legacy tinha um visual mais atraente. 

Com linhas mais arredondadas, tanto sedã quanto perua mantinham ainda as colunas retas e vidros sem molduras, preservando assim a identidade da marca e do produto.

Tal como o modelo anterior, o Subaru Legacy recebera suspensão traseira ajustável na perua, assim como manteve o assistente de partida em rampa.

Tendo a traseira inspirada no esportivo SVX, que também foi vendido no Brasil, o Legacy de 1993 tinha uma frente bem interessantes com faróis grandes.

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Pela primeira vez, o Legacy ganhava uma versão aventureira, chamada Outback, que mais tarde seria vendida como modelo separado.

A mecânica do segundo Legacy era baseada no boxer EJ, tendo versão 2.0 de 135 ou 150 cavalos, além do 2.2 litros com 137 ou 165 cavalos. Por fim, a versão apimentada era a GT com uum 2.0 biturbo de 276 cavalos.

Ainda com câmbio automático de 4 marchas ou manual com 5, o Subaru Legacy dessa época também oferecia a tração integral nas quatro rodas.

Interessante é que surgiu nessa época um dos raros sedãs aventureiros que existiram até hoje, o Legacy SUS (Sport Utility Sedan).

Terceira geração

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Tendo uma carroceria mais ampla, o Subaru Legacy de 2000 foi a terceira geração, sendo identificada como BE, BH e BT. Esta veio com um visual mais elaborado e dotado de faróis grandes.

Com 4,76 m de comprimento e 2,65 m de entre eixos, o Legacy 2000 tinha uma proposta mais luxuosa na edição Blitzen para a Europa, tanto que teve personalização com contribuição da Porsche Design e interior com desenho diferenciado.

Esse Subaru Legacy também foi o primeiro a empregar um motor boxer de seis cilindros, nesse caso o 3.0 litros que tinha 220 cavalos e quase 30 kgfm.

Contudo, o Legacy 2000 teve dois motores 2.0, sendo um de 125 cavalos e outro com 165 cavalos. No caso do turbo, houve um 2.0 com 265 cavalos no manual e 280 cavalos no automático.

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Este último ia de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. Em 2002, a Subaru lançou a Legacy STI 400, que tinha 400 exemplares disponíveis para o Reino Unido.

Usando dois turbos, o Legacy B4 podia extrair o máximo em performance desse conjunto, que recebia uma transmissão longitudinal do Impreza WRX e suspensão bem mais firme e resistente.

Além da perua aventureira Outback e de sua versão sedã (VDC), o Legacy dessa geração acrescentou mais um derivado, nesse caso uma picape, a Baja.

Ela era uma ancestral da Fiat Toro.

Quarta geração

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Atendendo pelos codinomes BL e BP, a quarta geração do Subaru Legacy tinha linhas mais arredondadas e faróis com parte circular, ganhando um perfil mais fluido.

Considerada uma das gerações mais bonitas do Legacy, essa alcançou 4,66 m de comprimento e 4,79 m na versão perua. Foi a primeira geração que recebeu o sistema EyeSight de assistência ao condutor.

A versão Blitzen tinha uma grade diferenciada e interior bem luxuoso. Geralmente, o Subaru Legacy se apresentava com grade retangular, mas o esportivo B4 GT Asterope tinha um aspecto bem mais agressivo.

Nas versões turbinadas, a entrada de ar no capô, como das gerações anteriores, se manteve.

O Subaru Legacy ainda mantinha a variante perua, que já dava sinais de desgaste por causa da Outback.

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Em 2008, o Canadá foi o primeiro país a perder a Legacy Wagon, numa clara indicação de seu fim. O sedã se mantinha firme e a oferta de motores se concentrava no boxer 2.0 de 140 até 280 cavalos.

Havia ainda a opção 2.5 de 165 até 265 cavalos, este último com turbo, tal como um seis cilindros 3.0 com 245 cavalos.

O Subaru Legacy dessa geração teve inclusive uma inédita opção diesel com 150 cavalos num 2.0.

O Legacy trocou o câmbio automático de 4 para 5 marchas, enquanto a caixa manual subiu para 6 velocidades.

Quinta geração

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A geração com codinomes BM e BR foi a penúltima do Legacy vendida no Brasil. Lançada em 2009, foi a primeira com câmbio CVT Lineartronic e também adotou molduras nos vidros.

Chama atenção por suas linhas volumosas, tendo mais de 1,50 m de altura e medindo entre 4,73 m e 4,77 m, respectivamente sedã e perua. Com 2,75 m de entre eixos, estabeleceu este como limite para o produto.

Suas frente tinha faróis enormes com dois projetores sobrepostos e uma parábola no facho alto.

Sem vigias laterais nas colunas C, este Legacy parece menor visualmente.

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Foi a última geração da perua Legacy e teve uma gama de motores bem ampla também, oferecendo 2.0 com 150 cavalos, 2.0 turbo diesel com 150 cavalos e 2.0 biturbo com 300 cavalos.

Teve ainda duas versões do boxer 2.5 com 170 cavalos e ainda adicionou um 2.5 Turbo com 265 cavalos, bem como um seis cilindros 3.6 com 256 cavalos, sendo este emprestado do SUV Tribeca.

Apesar do câmbio CVT Lineartronic, as versões mais possantes ainda empregaram o automático de 5 marchas por um tempo, tendo ainda opção do manual com seis marchas.

Em todos os casos, a tração é sempre permanente nas quatro rodas, algo que vem sendo regular no Subaru Legacy desde 1999, usando o sistema SI-Drive de seleção de tração.

Sexta geração

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Última geração vendida no Brasil – agora só existe a Outback – o Subaru Legacy dos codinomes BN e BS, apresenta um layout bem fluido, que o torna muito elegante e atraente.

Lançado em 2014, essa geração do Legacy manteve todos os motores anteriores, assim como as três transmissões disponíveis, sempre com o sistema S-AWD de tração nas quatro rodas.

Já sem a Outback, o Subaru Legacy de 2014 ampliou a oferta do CVT e deixou o modelo ainda mais confortável ao dirigir.

Isso, porém, não impediu que as opções de performance mantivessem suas posições.

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Manteve os motores 2.0 nas posições de entrada, mas em baixo volume, centrando as atenções no 2.5. Com linhas bem fluidas, o Legacy 2015 ganhara faróis e lanternas com luzes diurnas em “C”, algo que se mantém atualmente.

A grade hexagonal e o para-choque bem delineado, chamam atenção, assim como a queda longa das colunas C em direção ao porta-malas, além de portas traseiras amplas.

Com interior funcional, sem apelo visual, como os anteriores, o Subaru Legacy alcançou facilmente os 4,80 m de comprimento e manteve os 2,75 m de entre eixos.

Teve evolução no sistema Subaru EyeSight, assim como no controle de emissões. O sedã japonês perdeu muito de sua aptidão para esportividade sem uma versão dedicada e ficou mais próximo do tradicional que os anteriores.

Sétima geração

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A sétima e última geração do Subaru Legacy chegou aos diversos mercados onde é vendido em fevereiro de 2019, tendo visual mais moderno e voltado para a esportividade, além de ficar mais completo.

Ele apareceu no Salão de Chicago com um novo motor 2.4 turbo, que entrega 263 cv e 31,3 kgfm de torque.

Esse propulsor aparece associado ao câmbio CVT, chegando aos 100 km/h em apenas 6,1 segundos.

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Além dessa opção, o Legacy também é oferecido nas versões mais baratas com o motor 2.5 aspirado (boxer) de 184 cv e 24,3 kgfm, também com câmbio CVT.

Aqui seu 0 a 100 km/h é feito em 8,4 segundos.

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Outras novidades incluem multimídia vertical de 11,6 polegadas ou duas telas de 7 polegadas, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, detector de fadiga, monitoramento de pontos cegos, entre outros.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X