Para quem compra um carro novo de uma marca de luxo, o mínimo esperado é não precisar lidar com ferrugem antes mesmo da primeira revisão anual.
Mas foi exatamente isso que aconteceu com um proprietário de um Alfa Romeo Tonale branco, em Vancouver, no Canadá.
Com apenas um ano de uso, o SUV compacto já apresenta pontos de ferrugem na tampa do porta-malas, e a resposta da concessionária — longe de tranquilizadora — só piorou a situação.
Segundo relato postado no Reddit, o dono identificou falhas visíveis na pintura, descascamentos e até bolhas que indicam oxidação por baixo da camada externa.
As áreas afetadas ficam próximas à câmera de ré, à lanterna da tampa e ao botão de abertura do porta-malas — pontos críticos onde a água pode se acumular.
O mais alarmante foi a resposta da rede autorizada. A Alfa Romeo Vancouver afirmou que a situação era “100% normal” e que todos os Tonale apresentavam o mesmo padrão de acabamento nessa área.
Para reforçar o argumento, um funcionário chegou a enviar ao cliente uma foto de outro Tonale com condição semelhante.
A Stellantis, que comanda a marca italiana, também se recusou a cobrir os danos pela garantia de corrosão, alegando que o benefício só vale se a ferrugem “atravessar a pintura” — um detalhe técnico que exclui esse tipo de defeito superficial.
O proprietário, claramente insatisfeito, também compartilhou uma troca de e-mails com o gerente-assistente da concessionária, na qual é revelado que os drenos da tampa traseira possuem tampões plásticos que dificultam o escoamento da água.
“Precisa acumular pelo menos meio centímetro de água antes de começar a drenar”, diz ele. O problema, segundo o próprio gerente, tende a se repetir e “não há muito o que possa ser feito”.
Outros usuários do fórum sugeriram que o caso pode ser um defeito isolado de produção, já que relatos semelhantes ainda não apareceram em grande número.
Mas, mesmo se for um incidente único, a forma como a marca e a concessionária reagiram levanta sérias questões sobre o pós-venda da Alfa Romeo e sua disposição para assumir falhas de fabricação.
Vale lembrar que marcas premium carregam a expectativa de excelência não só no desempenho e no design, mas também na qualidade de construção e atendimento ao cliente.
Ignorar sinais evidentes de ferrugem e jogar a responsabilidade para o comprador — ainda mais em um veículo novo — compromete a reputação da marca em um segmento altamente competitivo.
No fim das contas, a solução mais simples seria substituir a tampa traseira e evitar mais desgaste.
Mas, por enquanto, o dono canadense do Tonale segue lutando sozinho para que a Alfa Romeo reconheça o problema — e, quem sabe, evite que outros passem pelo mesmo descaso.
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