O que era para ser o símbolo máximo da inovação automotiva está se tornando um dos maiores vexames da história da Tesla.
O Cybertruck, picape elétrica futurista lançada com pompa e promessas exageradas por Elon Musk, está afundando em um mar de desvalorização e rejeição.
Depois de mais de um ano desde as primeiras entregas, a própria Tesla finalmente passou a aceitar o Cybertruck como veículo de troca — um gesto que, na prática, escancara o fiasco comercial do modelo.
A justificativa para o atraso? Simples: a Tesla sabia que o carro estava se desvalorizando de forma insana e evitava receber unidades usadas para não aumentar ainda mais o rombo em seus estoques.
Agora, com os lotes encalhados e os primeiros proprietários tentando se livrar do modelo, a empresa resolveu voltar atrás.
E os números são brutais. Um Cybertruck Foundation Series, vendido novo por US$ 100 mil em 2024, está sendo avaliado pela própria Tesla em apenas US$ 65.400 após rodar 6 mil milhas.
Isso representa uma queda de 34,6% em menos de um ano — muito acima da média para picapes no mesmo período. E vale lembrar: esse valor é apenas uma estimativa online.
Na prática, os valores finais são ainda menores.
No site Car Guru, as ofertas reais de revenda apontam uma desvalorização mais próxima dos 45%, o que indica que o desastre é ainda maior do que a Tesla quer admitir.
Para se livrar do excesso de estoque, a empresa chegou ao ponto de apagar os emblemas “Foundation Series” de algumas unidades para vendê-las como Cybertrucks normais.
A produção foi reduzida drasticamente, os estoques continuam cheios, e os revendedores estão relutantes em aceitar o modelo, temendo que fiquem com ele parado nos pátios.
Tudo isso é resultado de decisões mal calculadas: a Tesla criou uma falsa expectativa de exclusividade e entregou um produto muito mais caro e com menos desempenho do que o prometido em 2019.
A promessa de mais de 1 milhão de reservas se transformou em pouco mais de 40 mil pedidos concretizados.
O impacto foi direto: clientes insatisfeitos, mercado secundário em colapso e a imagem do Cybertruck — que já era polarizante — agora carrega o estigma de um fracasso retumbante.
O resultado? Donos correndo para vender, valores despencando e a Tesla tentando minimizar os danos de um projeto que saiu completamente do controle. O futuro que o Cybertruck prometia chegou — mas não era o que os fãs esperavam.
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