As demissões do sistema Supercharger da Tesla estão gerando uma questão importante no mercado automotivo americano, afinal, a dependência de uma tecnologia que agora pode deixar todo no mundo na mão, não gera confiança.
Elon Musk demitiu praticamente todo mundo da Supercharger, sua rede de recarga rápida que atende todo o país e ainda a outros fabricantes de veículos elétricos, indicando claramente que o corte de 10% na Tesla não tem limites de área.
Foram dispensadas 500 pessoas envolvidas diretamente com a Supercharger e Musk disse que o avanço da empresa seria desacelerado, em meio a crise que se abate sobre o quadro funcional da Tesla.
O problema na Supercharger nem é de fato o abastecimento dos clientes, já que eles continuam sendo atendidos nas 6.249 estações com seus mais de 57 mil conectores “NACS”.
A questão é exatamente o North American Charging Standard ou Padrão de Recarga Norte-Americano, criado pela Tesla para ser exclusivo da marca. No entanto, Musk abriu a tecnologia para outros fabricantes de carros elétricos e híbridos.
Ao fazer, assinou com várias marcas, como Stellantis, Rivian, Ford, GM, Volvo, Polestar, Kia, Honda, Mercedes-Benz e BMW, entre tantas outras. O acordo permitiu iniciar a recarga com adaptadores e depois com plugues NACS de fábrica em outras marcas.
Sem ninguém agora para gerir esse negócio da Tesla com os demais fabricantes via Supercharger, o mercado americano fica com um pé atrás sobre as aspirações de Musk.
Ainda que fabricantes como Rivian e Ford reforcem que nada mudou, tal como a General Motors, a coisa não parece sólida. Mesmo empresas como a Eletrify America, da Volkswagen, bem como outras redes independentes, também fecharam com a Supercharger.
O conceito NACS tem mais que a soma de todos os plugues de padrão CCS instalados nos EUA, criando um monopólio de recarga dominado pela Tesla. Com o pé no freio, Musk pode ditar o ritmo no qual a eletrificação ocorrerá nos EUA?
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