A Tesla anunciou que suspenderá a produção em Berlim, enquanto a Geely atrasará a entrega de carros na Europa, onde tem marcas como Volvo, Polestar e Lotus, por conta da crise no Mar Vermelho.
Como se sabe, nas últimas horas, EUA e Reino Unido realizaram ataques contra alvos dos Houthis, em território do Iêmen, como uma resposta aos ataques com mísseis e drones contra navios mercantes no estreito Bab al-Mandab, que liga o Mar Vermelho ao Golfo de Aden.
Por ser uma rota crítica no transporte marítimo mundial, os navios que passam na região estão sob ameaça de ataques dos Houthis, que usam também barcos e até helicópteros com forças de assalto para sequestrar embarcações, sob alegação de que estão indo para Israel.
Nessa rota passam navios com carros e componentes importantes para fabricação de veículos, como os que a Tesla necessita para garantir sua produção na Europa, onde a fábrica de Grunheide ficará duas semanas parada por falta de itens.
O problema do trânsito de navios, que precisam agora evitar a rota contornando a África, está afetando também fornecedores da Tesla na Suécia, segundo o sindicato local IF Metall.
Aliás, a fabricante de móveis Ikea, também sueca, apesar da sede na Holanda, atrasará entregas de produtos por conta do risco de passagem pelo chamado Chifre da África, contornando assim pela antiga rota de Vasco da Gama.
No litoral do Iemen, uma força tarefa com países aliados dos EUA e Reino Unido, empregam diversos meios navais para bloquear os incessantes ataques perpetrados pelos Houthis contra o tráfego marítimo.
A rota marítima que dá no Canal de Suez também liga, além do Egito e Arábia Saudita, Israel e Jordânia. Recentemente, um acidente com um porta-contêiner no canal que corta parte do território egípcio, prejudicou a entrega de peças e componentes em boa parte das montadoras no ocidente, o que agravou a crise dos chips.
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