Elon Musk já não estava mesmo inclinado a satisfazer o desejo das massas por um carro de US$ 25.000, sempre defendendo um robotaxi para competir com a GM, Google (Waimo) e Apple, por exemplo.

Ainda assim, Musk havia prometido um novo carro nessa faixa de preço e já se falava em Model 2 ou Model C, entre outras designações. Mas, com o evento “We, Robot”, ficou claro que o carro barato ficará para bem depois se, de fato, vier ao mundo.

Musk quer um carro para pessoas que não querem um carro e isso o Cybercab parece resolver, afinal, nem tem pedais ou volante, apoiando-se numa ideia que gerou polêmica tanto na GM com um Bolt semelhante, assim como na VW com o ID. Vizzion.

Todavia, diferente destes dois, a Tesla pretende colocar o Cybercab em produção, embora não se saiba exatamente quando, mas a promessa é que em 2027 chega. Será?

Seja como for, o mercado financeiro não comprou a ideia e as ações da Tesla caíram. Já o Tesla nem sinal, muito menos foi mencionado na apresentação.

Um dos motivos para a não execução do projeto, que foi dito estar reservado para a Europa, seria exatamente a atenção dada ao robotaxi, que agora sabemos ser o Cybercab.

A Tesla não precisa se comprometer com uma produção avassaladora deste carro de dois lugares e porta-malas enorme, que parece uma releitura futurista da Chevrolet EL Camino.

Como o Cybercab será exclusivo (ou aparenta ser isso) do serviço Tesla Network, de carros de aplicativo, no caso autônomo, a empresa se mantém dona dos veículos produzidos e assim poderá usá-los por um longo tempo.

Dificilmente alguém comprará um carro para não dirigir, especialmente um Tesla. Já o Model C seria interessante para popularizar ainda mais a marca e dar combate aos carros elétricos chineses menores.

Se seguir a linha de estilo do Cybercab, mas com o devido volante e os pedais, este será um belo hatch médio com seus 4,50 m de comprimento ou menos, chegando assim a custar US$ 17.500 com o bônus da Lei de Combate à Inflação.