
Diante da desaceleração nas vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos, a Tesla decidiu apostar em um novo modelo de negócios para atrair consumidores: o aluguel de curto prazo de seus próprios carros, com benefícios exclusivos que vão além do tradicional “pegue e devolva”.
O novo serviço está sendo testado em duas lojas da marca na Califórnia — uma em San Diego e outra em Costa Mesa —, mas a empresa já confirmou que pretende expandir o programa para outros pontos até o fim de 2025.
A iniciativa surge em resposta ao fim do crédito fiscal federal de US$ 7.500 para a compra de EVs, que expirou em outubro e vinha sendo um dos principais impulsionadores do setor.
Agora, com a demanda em queda, empresas como Tesla, Rivian e Lucid buscam novas formas de manter seus modelos em circulação, evitando o acúmulo de estoque nas concessionárias.
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O aluguel direto ao consumidor parece ser a aposta da Tesla para manter o interesse do público e, quem sabe, converter testadores em compradores.
Os interessados poderão alugar um Tesla por períodos que variam entre três e sete dias, com preços a partir de US$ 60 por dia — cerca de R$ 320 na cotação atual. Os valores variam conforme o modelo escolhido, mas o atrativo não para aí.
Durante o período de locação, o cliente tem acesso gratuito à rede de recarga rápida Supercharger, além de poder utilizar o sistema de condução semiautônoma Full Self-Driving (FSD) supervisionado — tecnologia que normalmente custa caro para usuários que adquirem o veículo.
Para incentivar ainda mais a conversão em venda, a Tesla oferece um crédito de US$ 250 (aproximadamente R$ 1.375) para quem decidir comprar um carro da marca após a experiência com o aluguel.

A estratégia é clara: transformar o test drive em um aluguel com vantagens reais e convencer o consumidor na prática.
O movimento também representa uma tentativa da Tesla de competir diretamente com locadoras tradicionais, como a Hertz, que já incluem modelos da marca em suas frotas.
Ao eliminar o intermediário, a fabricante passa a controlar toda a experiência do cliente — desde o primeiro contato até uma possível compra.
Além disso, essa abordagem pode servir como vitrine para tecnologias como o FSD, que ainda gera dúvidas entre muitos motoristas. Ao permitir seu uso gratuito por alguns dias, a Tesla espera demonstrar seu valor e reduzir resistências.
A medida acontece em um momento delicado para o setor de veículos elétricos nos Estados Unidos. Com o fim do incentivo fiscal, parte dos consumidores adiou a troca de veículo, e montadoras que dependem exclusivamente de EVs estão sentindo os efeitos.
A Tesla, com sua atuação diversificada e redes próprias, tem espaço para manobras como essa — e usá-lo agora pode ser crucial para manter sua posição de liderança.
Resta saber se o modelo de locação se mostrará eficaz o suficiente para ser ampliado globalmente ou se será apenas mais uma tática temporária em tempos de transição.
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