
Após meses de vendas decepcionantes, a Tesla encontrou um “jeitinho” peculiar para lidar com o fiasco comercial do Cybertruck.
É entregar centenas — possivelmente milhares — de unidades diretamente para outras empresas do próprio Elon Musk, como a SpaceX e a recém-criada xAI.
A medida soa como uma tentativa clara de evitar o colapso nas estatísticas de vendas da picape elétrica.
O Cybertruck, que foi anunciado como uma revolução no mercado automotivo, tem se revelado o maior fracasso comercial da Tesla até hoje.
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Em vez das 250 mil unidades por ano prometidas por Musk, a produção atual mal chega a 20 mil anuais — o que significa que menos de 10% da capacidade instalada está sendo utilizada.

Isso é desastroso em termos financeiros, já que boa parte do capital investido na linha de produção vira prejuízo.
A situação se agravou com o acúmulo de estoque, mesmo com o ritmo reduzido de fabricação. A demanda pelo Cybertruck simplesmente não acompanha a oferta.
Diante disso, Elon Musk recorreu a uma manobra interna: enviar caminhões carregados de Cybertrucks para os escritórios da xAI e para a base da SpaceX no Texas, onde centenas de unidades já foram entregues, e outras centenas (ou milhares) devem chegar nas próximas semanas.
Wes Morrill, engenheiro-chefe do projeto Cybertruck, confirmou que a ideia sempre foi substituir as frotas movidas a combustão das empresas do grupo por veículos elétricos.
Segundo ele, ver a SpaceX e a Tesla adotando o Cybertruck como veículos de apoio era parte do “sonho original” da equipe de engenharia.

Mas o movimento levanta uma série de questionamentos. Se as próprias empresas do grupo estão sendo usadas como clientes, há realmente uma demanda genuína pelo produto?
O comentário mais curtido sobre o tema nas redes resume bem a percepção: “Se ninguém quer comprar seus produtos, compre você mesmo com outra empresa sua e finja que está tudo bem.”
Analistas especulam que Musk tenha antecipado a queda nas vendas do último trimestre de 2025, causada pelo fim do crédito fiscal federal de US$ 7.500 no final de setembro.
No entanto, quem fez pedidos com sinal não reembolsável antes do prazo ainda pode receber o carro com o benefício.
Isso explicaria a suposta “compra estratégica” de milhares de unidades por empresas ligadas ao próprio Musk, para inflar os resultados do quarto trimestre.
O problema, segundo críticos, é que essas vendas internas não geram lucro real. É só uma transferência de capital dentro do próprio império corporativo de Musk, criando uma ilusão temporária de desempenho.
A longo prazo, isso pode prejudicar ainda mais a confiança dos investidores — especialmente se a Tesla não conseguir criar demanda externa real para um veículo que começou como promessa de revolução e agora parece mais uma bomba sobre rodas.
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