Com o horizonte econômico cada vez mais nebuloso e a ameaça iminente de tarifas elevadas sobre veículos importados e autopeças, lá nos Estados Unidos, a Ford e a Stellantis resolveram agir.
Ambas as montadoras anunciaram nesta semana novos programas de incentivo ao consumidor com preços de funcionário válidos para compradores em todo os Estados Unidos.
A meta é clara: manter o fluxo de clientes nas concessionárias e evitar o baque nas vendas antes que os aumentos de preços cheguem às vitrines.
Segundo informações da Automotive News, a Stellantis permitirá que os clientes escolham entre os incentivos em dinheiro já existentes ou o novo programa de preços de funcionário até o final de abril.
Já a Ford batizou sua campanha de “From America, For America”, com duração prevista até 2 de junho. No entanto, considerando a volatilidade do cenário atual, essas datas podem mudar a qualquer momento.

A Stellantis já vinha adotando uma postura agressiva para tentar alavancar vendas. Além dos novos incentivos, a empresa promoveu cortes de preços em suas linhas para 2025 como parte de uma estratégia mais ampla de estímulo.
Vale lembrar que a montadora acaba de anunciar a paralisação de quatro linhas de montagem — duas no Canadá, responsáveis pelo Dodge Charger e Chrysler Pacifica, e duas no México, onde são produzidos o Jeep Compass e o novo Jeep Wagoneer S.
A decisão está diretamente ligada às novas tarifas de importação impostas pelo governo dos EUA.
Apesar dos descontos, os modelos mais cobiçados e de nicho, como o Ram RHO e o Jeep Wrangler Rubicon 392, continuam fora da lista de promoções. Nada de preços de funcionário para os brinquedos mais caros da garagem.
No lado da Ford, a marca está prestes a lançar atualizações para dois de seus modelos mais acessíveis: o Bronco Sport e o Maverick. Ambos são montados na fábrica de Hermosillo, no México — o que pode torná-los alvos diretos das novas tarifas em breve.
O Maverick, aliás, foi celebrado em seu lançamento por ter um preço inicial inferior a 20 mil dólares. Porém, desde então, seu valor de entrada já subiu mais de 35%, corroendo parte da proposta de acessibilidade.
Enquanto isso, a General Motors parece adotar uma abordagem mais conservadora. Segundo a *Automotive News*, a GM não pretende modificar sua estratégia de incentivos para o mês de abril e segue observando o movimento dos concorrentes.
Em um momento em que o consumidor americano está cada vez mais cauteloso, qualquer vantagem pode fazer a diferença entre fechar ou não uma venda.
E com os preços prestes a subir por força das tarifas, os próximos dois meses serão cruciais para as montadoras que ainda querem conquistar clientes antes que o novo cenário fiscal torne tudo mais caro.

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