A Guerra da Ucrânia não está sendo travada apenas com equipamentos militares, com iniciativas dos ucranianos de criar artefatos ou dispositivos bélicos para se contrapor ao invasor russo.
No caso de uma bomba, em específico, a origem veio não da indústria de defesa do país ou dos Estados Unidos, mas feita no Japão, onde saiu na forma de um automóvel, segundo o site Euro Maidan. Obviamente essa não era a intenção do fabricante do veículo.
O Toyota Mirai se concentra mais na Califórnia, onde o fornecimento de hidrogênio é melhor, ainda que recentemente os clientes tenham entrado com um processo para forçar a Toyota a tomar uma posição a favor da tecnologia.
Mas, um exemplar do Toyota Mirai foi parar em território ucraniano invadido pelas tropas russas, sendo esse a cidade de Vovchansk. Na batalha local, as forças domésticas encontraram o sedã com células de combustível bem danificado.
Não, ele não explodiu, mas foi atingido no fogo da guerra. Então, diante do sedã japonês inerte, os ucranianos decidiram usar um dos cilindros pressurizados de hidrogênio como bomba.
Blindado, o tanque de hidrogênio líquido do Mirai foi projetado para suportar mesmo uma colisão como de uma carreta carregada impactando no Toyota, mas para dar potência a bomba, revestiram todo o cilindro com explosivos plásticos.
Na disputa por uma torre de uma instalação, usada pelos snipers russos, a Ucrânia decidiu usar o cilindro do Mirai a bordo de um drone terrestre, feito o que havia de dispositivo no país.
O veículo se arrastou até ao lado da torre, sendo detonado, gerando uma enorme força de 1.778 kg de TNT, o suficiente para uma enorme explosão, com direito a cogumelo e grande deslocamento do ar.
Ainda que o resultado continue indefinido, não só pela disputa de Vovchansk, como para a guerra em si, o Toyota Mirai infortunadamente acabou usado para fins militares, enquanto seu futuro (com a guerra) pareça bem difícil.
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